Sábado, 14 de junho de 2025
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Os governos da Rússia e Ucrânia realizaram a troca do primeiro grupo de prisioneiros de guerra com menos de 25 anos nesta segunda-feira (09/06), a partir do acordo realizado em 2 de maio na segunda rodada de negociações em Istambul, confirmou o Ministério da Defesa russo.

Embora não tenha sido revelado o número de combatentes trocados, o jornal russo Sputnik afirmou que Moscou devolveu o equivalente de prisioneiros de guerra ucranianos. Todos os militares resgatados serão transportados à Rússia para passarem por reabilitação e tratamento médico. Alguns já estão recebendo ajuda na República de Belarus.

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, também confirmou no X o início da troca e disse que a operação vai continuar nos próximos dias. “A troca começou hoje e vai decorrer em várias fases nos próximos dias”, explicou nas redes sociais.

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Houve uma dúvida em relação à troca após ataques do Exército ucraniano contra Moscou. Na última quarta-feira (04/06), o presidente russo Vladimir Putin falou sobre e tinha criticado Zelensky ao afirmar que “todos os crimes cometidos contra a população civil, incluindo mulheres e crianças, às vésperas da próxima rodada de negociações de paz que propusemos em Istambul, tinham o claro objetivo de interromper o processo de negociação. Os ataques contra civis foram deliberados”.

Vladimir Putin
Putin responde ataques de Kiev. Após acordo de Istambul, Rússia e Ucrânia trocam prisioneiros de guerra
Reprodução / Kremlin

Acordo de Istambul

Após uma pausa de mais de três anos de negociação, o governo Putin retomou em maio os acordos diretos com Kiev em reuniões na capital turca Istambul. O hiato ocorreu por diversos fatores, um deles após a pressão do Ocidente sobre a Ucrânia.

A primeira rodada durou cerca de duas horas e os países expressaram o desejo de um cessar-fogo e concordaram em trocar prisioneiros com base na fórmula “1.000 por 1.000”, acordo que foi cumprido em três etapas de 23 a 25 de maio.

Durante a segunda reunião que também aconteceu na capital turca, as delegações continuaram discutindo os projetos de cessar-fogo, trocas de prisioneiros de guerra e civis, mas os resultados não foram apresentados. Kremlin chegou a apresentar um memorando para uma possível resolução do conflito, mas a parte ucraniana rejeitou o documento.

No sábado (07/06), o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, acusou o governo de Kiev de não cumprir os compromissos firmados em Istambul. O negociador alegou que a Ucrânia não compareceu ao ponto combinado para a realização dos procedimentos.

Moscou já havia iniciado a entrega de mais de 6 mil corpos de militares ucranianos como parte de um gesto humanitário.

(*) Com Sputnik