Terça-feira, 13 de maio de 2025
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O governo da Rússia declarou nesta sexta-feira (18/04) o fim da trégua de 30 dias nos ataques contra infraestruturas energéticas na Ucrânia, em meio aos entraves nas negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos, que ameaçam se retirar das tratativas.

“O mês [de moratória] efetivamente terminou, mas, até o momento, não há outras instruções por parte do comandante-em-chefe supremo, o presidente [Vladimir] Putin”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Em 18 de março, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou uma proposta para que os dois lados do conflito se abstivessem de ataques às infraestruturas de energia por 30 dias. Os presidentes russo Vladimir Putin e o ucraniano Volodymyr Zelensky apoiaram a medida.

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No entanto, as tratativas não avançaram. Kiev violou o acordo e seguiu atacando as instalações russas. Entre 18 de março a 16 de abril, o governo russo registrou que as forças ucranianas lançaram drones e várias capacidades de artilharia a estruturas de 15 regiões, incluindo Belgorod, Bryansk, Voronezh, Zaporozhye, Kursk, Lipetsk, Rostov, Saratov, Smolensk, Tambov, Krasnodar e Kherson, a Crimeia e as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que “se não for possível colocar fim à guerra na Ucrânia, vamos virar a página”, indicando que Washington pode deixar Kiev à própria sorte contra a Rússia. “Essa guerra não é nossa, não a começamos”, salientou o chefe da diplomacia norte-americana.

Fotos Públicas
O governo da Rússia declarou nesta sexta-feira (18/04) o fim da trégua de 30 dias nos ataques contra infraestruturas energéticas na Ucrânia

Negociações para cessar-fogo

Para um cessar-fogo total, o Kremlin exige o fim da ajuda militar ocidental ao país vizinho, ao passo que Zelensky cobra garantias de segurança contra eventuais futuras ofensivas e a retirada das tropas russas das regiões tomadas pela Rússia.

Em 11 de abril, Putin e o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, reuniram-se em São Petersburgo para discutir sobre negociações a respeito de uma solução para o conflito na Ucrânia.

Em entrevista recente ao periódico Wall Street Journal (WSJ), o representante norte-americano disse que as conversas com o líder do Kremlin se centraram no aspecto territorial da guerra. Segundo Witkoff, a questão poderia ser parcialmente resolvida a favor da Rússia.

“A Rússia pode ficar com algumas das regiões, mas não todas”, disse o enviado, sugerindo, segundo o jornal, que “a Ucrânia pode se importar menos com algumas das regiões se elas falarem russo”.

Anteriormente à conservadora Fox News, Witkoff observou que a recente reunião em São Petersburgo permitiu que ele entendesse que Putin queria “paz permanente”

(*) Com Ansa e TASS