Quinta-feira, 12 de junho de 2025
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O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, garantiu neste sábado (14/09) que Moscou reagirá “de forma brutal” caso os Estados Unidos concedam à Ucrânia permissão sobre o uso de mísseis de longo alcance em território russo.

“O presidente [Vladimir Putin] já disse tudo sobre este assunto. Tal decisão [de permitir que Kiev ataque] existe. Todas as cartas-brancas, indulgências para os clientes de Kiev foram emitidas. Por isso responderemos de forma brutal”, disse Ryabkov. “Os adversários em Washington, Londres e outros lugares claramente subestimam o grau de perigo do jogo que continuam jogando”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem pressionado os países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para permitir que suas forças usem armas ocidentais para atingir bases aéreas inimigas e locais de lançamento mais distantes.

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Wikimedia Commons/Obstáculo/MSC
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov garantiu que Moscou reagirá “de forma brutal” caso os Estados Unidos concedam à Ucrânia permissão sobre o uso de mísseis de longo alcance em território russo

Na sexta-feira (13/09), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, chegaram a se reunir em Washington para discutir sobre o assunto, no contexto em que a autoridade norte-americana estava avaliando permitir Kiev de usar mísseis ATACMS, com capacidade de alcance de pouco mais de 240 quilômetros. No entanto, nenhuma decisão foi anunciada.

De acordo com a agência de notícias TASS, Moscou já sabia que o Ocidente tinha tomado decisões sobre “ataques profundos” em território russo. Na avaliação do presidente da Rússia, Vladimir Putin, a Ucrânia é incapaz de realizar ofensivas significativas sem o respaldo dos países ocidentais, uma vez que depende também do poder tecnológico, como a inteligência de satélites. 

Segundo o líder do Kremlin, as nações que integram a OTAN não estão apenas discutindo um possível uso de armas de longo alcance por Kiev, mas estão decidindo se devem se envolver diretamente no conflito.

(*) Com Sputnik