O governo da Rússia lançou, neste sábado (10/08) uma “operação antiterrorista” em três províncias fronteiriças (Kursk, Belgorod e Briansk), em resposta à tentativa de avanço da Ucrânia nas região durante os últimos dias.
O regime de segurança tem como objetivo combater a ação “sem precedentes do regime de Kiev de desestabilizar a situação” nessas zonas.
Em outra frente, o Ministério da Defesa russo declarou que o exército eliminou mercenários, soldados estrangeiros e equipamentos ucranianos envolvidos na tentativa de ataque à província russa de Kursk.
Segundo a pasta, o ataque foi feito usando um foguete com ogiva termobárica na periferia sul de Sudzha.
Ao longo deste sábado, as tropas ucranianas perderam até 175 soldados e 36 veículos blindados. De acordo com os dados mais recentes, no total, durante os combates na área de Kursk, as perdas ucranianas ascenderam a 1.120 militares e 140 veículos blindados.
Incursão ucraniana em Kursk
O conflito entre Ucrânia e Rússia se acirrou desde a última terça-feira (06/08), quando o território russo de Kursk sofreu um ataque das tropas do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Os ataques foram defendidos por Zelensky com a afirmação de que a Rússia precisava “sentir” as consequências da guerra.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev de lançar uma provocação em grande escala, e disse que as tropas ucranianas bombardearam regiões russas indiscriminadamente, disparando contra infraestruturas civis e ambulâncias.
Como resultado do bombardeamento ucraniano na região de Kursk, o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, declarou que 55 pessoas ficaram feridas e continuam hospitalizadas, sendo que 12 estão em estado grave
De acordo com o governador da região de Kursk, Alexey Smirnov, citado pela Tass “a situação operacional na região continua tensa e as autoridades locais organizaram um sistema de prestação de assistência aos reassentados forçados”.
Também segundo a Tass, devido às consequências humanitárias do bombardeio na região, o governo russo prepara um “apelo às organizações internacionais” para que o ataque na região de Kursk seja reconhecido como “ato terrorista”.
(*) Com Ansa, Brasil247 e RT en español