O governo da Rússia anunciou nesta quinta-feira (11/07) que a decisão de instalar mísseis de longo alcance dos Estados Unidos em território europeu terá uma “resposta militar à altura” por parte das forças armadas do país euroasiático.
A reação do Kremlin diz respeito a uma medida apresentada nesta quarta-feira (10/07), durante a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), realizada em Washington. A informação foi confirmada pelo governo da Alemanha, um dos países onde serão instalados os mísseis.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que Moscou vai se preparar para compensar essa medida, e que o fará “sem nervos, sem emoções, mas com o rigor necessário, de acordo com a dimensão dessa nova ameaça”.
O funcionário russo acusou os Estados Unidos de serem os principais impulsores da medida adotada pela OTAN, “que tem como principal objetivo prejudicar a segurança do nosso país”.
“Um dos elementos de intimidação, que hoje é o principal componente da linha da OTAN e dos Estados Unidos em relação à Rússia, se baseia no posicionamento de armas que colocam em risco a soberania do nosso território”, afirmou Ryabkov.
O vice-ministro acrescentou que “a natureza da nossa resposta será determinada com calma, de forma profissional”. Sua declaração aconteceu durante coletiva de imprensa realizada em meio ao 10º Fórum Parlamentar dos países BRICS que se realiza na cidade russa de São Petersburgo.
A medida da OTAN inclui a instalação de mísseis SM-6, mísseis de cruzeiro Tomahawk e armas hipersônicas ainda em desenvolvimento, em um processo que se iniciará este ano e será concluído até 2026.
Os mísseis Tomahawk têm alcance de até 2,5 mil quilômetros e velocidade inferior a 900 quilômetros por hora.