O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na terça-feira (21/01) que novas sanções contra Rússia são “prováveis” se Moscou não negociar o fim da guerra contra a Ucrânia.
“Estamos conversando com [Volodymyr] Zelensky. Vamos conversar muito em breve com o presidente [Vladirmir] Putin e veremos o que acontece”, disse Trump em entrevista coletiva. Ele voltou a repetir que essa guerra “nunca teria acontecido se eu fosse presidente” e que a continuidade da ajuda militar à Ucrânia será analisada.
Trump determinou uma moratória de 90 dias sobre todas as ajudas financeiras dadas pelos Estados Unidos a outros países. Maior beneficiária dessas ajudas, a Ucrânia pode ficar em situação bem difícil.
Por isso, Zelensky está tentando uma reunião com Trump enquanto apela à Europa por “unidade” na defesa e na segurança do continente.
“A Europa deve saber defender-se sem depender dos Estados Unidos”, disse ele terça-feira em seu discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Na mesma fala, porém, classificou os Estados Unidos de “aliados indispensáveis”.

Conflito entre Rússia e Ucrânia dura mais de dois anos
Orbán critica e ameaça a Ucrânia
No mesmo dia, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, criticou duramente a Ucrânia por sua decisão de interromper o trânsito de gás russo para a Europa Central. “A forma como os ucranianos se recusaram a resolver esta questão de forma negociada é simplesmente inaceitável”, disse.
Orbán declarou que, com a volta de Trump à Casa Branca, as posições pró-paz se tornaram dominantes. Ele advertiu Kiev que as mudanças em curso no mundo enfraquecem sua posição e que se continuar “agressivo e hostil, perderá”. “Vamos acabar nos irritando e tomaremos contramedidas”.
O húngaro se opôs à entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à ajuda militar ao país.
Enquanto isso, a Rússia manteve uma intensa campanha de bombardeios em diversas cidades ucranianas com foguetes, mísseis e drones. Na cidade oriental de Pokrovsk, os ataques provocaram incêndios que destruíram cerca de um quilômetro quadrado.
No centro da cidade de Dnipro, os bombardeios danificaram em vários graus mais de 150 casas e dois edifícios. Moscou também atacou uma área residencial no norte de Kharkiv com um drone.
Já o Exército ucraniano afirma ter atingido um depósito de combustível e uma instalação industrial aeronáutica no oeste da Rússia na noite de segunda (20/01) para terça-feira.