Segunda-feira, 28 de abril de 2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na noite de domingo (16/03) que pretende conversar com seu homólogo russo, Vladimir Putin, na terça-feira (18/03) sobre o fim da guerra na Ucrânia.

Segundo Trump, muito trabalho foi feito neste final de semana, motivo pelo qual ele acredita que “temos uma boa chance de acabar com a guerra”.

Trump falou com os repórteres enquanto voava da Florida para Washington, onde chegou nas primeiras horas desta segunda-feira (17/03). Quando perguntado sobre quais concessões estavam sendo negociadas, ele disse que estavam falando sobre “terras e usinas de energia”, sem dar mais explicações.

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Por seu lado, a Rússia reafirmou suas exigências para negociar a paz: a certeza de que Kiev não ingressará na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e que não haverá tropas estrangeiras em território ucraniano. Em essência foi o que disse o vice-ministro das Relações Exteriores de Moscou, Alexander Grushko em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal russo Izvestia.

Pedimos garantias concretas de segurança para fazer parte de um acordo”, afirmou. “Essas garantias devem incluir o status neutro da Ucrânia e a recusa dos países da OTAN em aceita-la na aliança”, disse Grushko. Ele reiterou ainda que o envio de tropas estrangeiras à Ucrânia é inadmissível para o Kremlin.

donald trump, presidente dos eua
White House
Trump (centro) afirmou que conversa tratará concessões para paz na Ucrânia

Zelensky substitui chefe de Estado-Maior

As tropas da Rússia fizeram importantes avanços nas duas últimas semanas, retomando mais de 86% do território russo ocupado pelas forças de Kiev.

No domingo pela manhã, o chefe do Estado-Maior das forças ucranianas, Anatoly Barhylevych, confirmou a retirada de suas tropas da cidade russa de Sudja. A região estava sob controle ucraniano desde agosto passado e tinha papel estratégico na logística das tropas de Kiev no local.

No mesmo dia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou a demissão do chefe de Estado Maior e sua substituição por Andriy Hnatov.

Os europeus estão mobilizados (e divididos) na discussão sobre o envio de tropas da Europa para garantir a paz na Ucrânia. Elas só seriam enviadas depois da conclusão do acordo de cessar-fogo e se manteriam longe da fronteira russa protegendo portos e aeroportos. Mas o Kremlin já disse que considera a ideia inaceitável.

A guerra da Ucrânia será um dos temas que o novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, irá discutir em sua primeira viagem internacional, que será para Paris e, logo depois, Londres. O objetivo de suas visitas é fortalecer os vínculos do Canadá com a Europa no contexto de crescentes tensões de Trump com seus antigos aliados.