Sexta-feira, 18 de abril de 2025
APOIE
Menu

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (14/03) que após discussões “muito boas” e “produtivas” com seu homólogo russo, Vladimir Putin, na última quinta-feira (13/03), “há uma grande chance” de que a guerra na Ucrânia chegue ao fim.

A declaração do presidente republicano sobre a possibilidade do fim do conflito vai ao encontro da afirmação de Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA. Segundo ele, “há motivos para ser cautelosamente otimista”.

Ambas as declarações ocorrem após as conversas entre Putin e o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, na última quinta-feira (13/03). A ocorreu a portas fechadas e não há muitas informações detalhadas sobre o que foi conversado entre eles.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Segundo o Kremlin, por meio de Witkoff, Putin “transmitiu informações e sinais adicionais” ao mandatário republicano. De acordo com o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Pesko, também há “há razões para estar cautelosamente otimista sobre a resolução do conflito ucraniano”.

“É verdade que ainda há muito a fazer, mas o presidente, mesmo assim, se solidariza com a posição de Trump. Putin disse que apoia a posição de Trump sobre o acordo, mas levantou algumas questões que precisam ser respondidas em conjunto”, analisou Peskov.

Sobre um encontro entre Putin e Trump, o porta-voz esclareceu a data da reunião que ainda não foi acertada. “Depois que Witkoff levar todas as informações a Trump, decidiremos o momento das negociações”, enfatizou.

A secretária de imprensa da Casa Branca Karoline Leavitt anunciou em 12 de março que Witkoff viajaria para Moscou para discutir maneiras de resolver o conflito na Ucrânia.

Witkoff, que havia participado anteriormente de conversas com uma delegação russa em Riad em 18 de fevereiro, chegou a Moscou na tarde de quinta-feira. De acordo com uma fonte da TASS, ele deixou a capital russa na manhã desta sexta-feira.

RS/Fotos Públicas
 Cessar-fogo provisório de 30 dias, proposta sugerida pelos Estados Unidos, está no centro das negociações

O que está sendo negociado?

Está sendo debatido entre com a Ucrânia e a Rússia um cessar-fogo provisório de 30 dias, proposta sugerida pelos Estados Unidos durante as negociações na Arábia Saudita.

Na última segunda-feira (11/03), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que seu país está “pronto” para aceitar a proposta.

Por sua vez, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, advertiu na última quarta-feira (12/03) que a posição de seu país sobre a guerra na Ucrânia não se decide “no exterior graças a acordos ou esforços de outras partes”.

Com a chegada do enviado dos EUA a Moscou na última quinta-feira (13/03), Putin concordou que a “trégua deve levar à paz a longo prazo” e “a eliminar as causas iniciais da crise”.

“Com base na evolução da situação do terreno, concordaremos com os próximos passos para o cessar-fogo e para chegar a um acordo que seja aceitável a todos”, disse o líder russo.

Situação em Kursk no centro do cessar-fogo

Por meio de uma declaração na rede social Truth, Trump ainda falou sobre a situação das tropas ucranianas em Kursk, reconhecendo o avanço russo sobre as tropas de Kiev.

“Neste exato momento, milhares de tropas ucranianas estão completamente cercadas pelo exército russo, em uma posição muito ruim e vulnerável. Solicitei veementemente ao presidente Putin que suas vidas fossem poupadas”, disse.

Por sua vez, Putin fez orientou, nesta sexta-feira (14/03) que “o regime de Kiev deve ordenar que suas forças se rendam” para que o pedido de Trump seja atendido.

“Para implementar efetivamente o apelo do presidente dos EUA, é necessária uma ordem apropriada da liderança militar e política da Ucrânia para que suas unidades militares deponham suas armas e se rendam”, disse o líder russo.

(*) Com Ansa, Tass e TeleSUR