Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonou nesta sexta-feira (04/07) para seu homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Os mandatários debateram o “fortalecimento da proteção” da defesa aérea ucraniana e a situação na linha de frente na guerra contra a Rússia, em meio a relatos sobre uma pausa no fornecimento de armas de Washington para Kiev.

“Discutimos oportunidades de defesa aérea e em trabalhar para aumentar a proteção dos céus. E concordamos em realizar uma reunião correspondente entre nossas equipes”, escreveu Zelensky em seu canal do Telegram após a conversa telefônica.

Zelensky descreveu a conversa como “muito importante e útil” e disse que Trump “está muito bem informado” sobre a situação na linha de frente. Segundo o ucraniano, eles também discutiram “compras e investimentos mútuos”.

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“Trocamos opiniões sobre a situação diplomática e o trabalho conjunto com os Estados Unidos e outros parceiros”, acrescentou Zelensky. Kiev também expressou disposição para projetos conjuntos de produção de armas, incluindo drones.

O magnata reforçou que os EUA querem ajudar e concordou com uma reunião entre seus colaboradores para discutir a proteção “dos céus ucranianos” e o fornecimento de outras armas.

Após relatos de interrupção no fornecimento de armas, Zelensky afirmou esperar que os EUA continuem as entregas
Volodymyr Zelenskyy/X

Na última quarta-feira (02/07), o jornal The New York Times noticiou que os Estados Unidos suspenderão o fornecimento de alguns equipamentos e armas para a Ucrânia. Após os relatos, o Ministério das Relações Exteriores de Kiev convocou o Encarregado de Negócios dos EUA, John Ginkel.

No dia seguinte, quinta-feira (03/07), Zelensky afirmou esperar que os Estados Unidos continuem fornecendo armas à Ucrânia, visto que a Europa não consegue repor totalmente esses suprimentos, principalmente no que diz respeito a sistemas de defesa aérea e mísseis. Posteriormente, Trump afirmou que Washington continua a fornecer ajuda militar a Kiev, mas o faz sob a premissa de que os próprios Estados Unidos precisam dessas armas.

A ligação, que durou cerca de 40 minutos, foi realizada um dia após uma conversa entre o republicano e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, terminar em impasse, e Trump relatar ter ficado “muito decepcionado”.

Por sua vez, o Kremlin afirmou hoje que “prestou muita atenção” à declaração do presidente dos EUA, voltou a definir a guerra como “agressão militar” e disse acreditar ser “impossível” neste momento “alcançar” seus objetivos no país vizinho por via diplomática.

“Durante a conversa telefônica com Trump, Putin reiterou que estamos interessados em atingir nossos objetivos durante a operação militar especial, e é preferível fazê-lo por meios políticos e diplomáticos, mas até que isso seja possível, continuaremos nossa operação militar especial”, afirmou o porta-voz Dmitry Peskov.

(*) Com Ansa e TASS