Quarta-feira, 14 de maio de 2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira (23/04), acusando-o de fazer declarações “muito prejudiciais” às negociações de paz ao se negar a reconhecer o território da Crimeia como russo.

Durante o encontro dos representantes europeus e norte-americanos em Londres para discutir um acordo de cessar-fogo entre Kiev e Moscou, o chefe de Estado da Ucrânia se recusou a aceitar a tomada do território da Crimeia pelo líder do país vizinho, Vladimir Putin, em 2014. Segundo o jornal norte-americano The Hill, o reconhecimento ucraniano fazia parte de um dos tópicos necessários para o avanço de um plano de paz. 

“São declarações inflamatórias como as de Zelensky que tornam tão difícil resolver esta guerra. Ele não tem nada do que se gabar! A situação para a Ucrânia é terrível. Ele pode ter paz ou pode lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro”, escreveu Trump no Truth Social, por onde voltou a chamar o presidente ucraniano de “um homem sem cartas na mangas”.

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Em seu comunicado, o mandatário norte-americano questionou o motivo pelo qual Kiev não lutou pela área há 11 anos atrás “quando foi entregue à Rússia sem que um tiro fosse disparado”.

“Não tenho nada a ver com a Rússia, mas tenho muito a ver com o desejo de salvar, em média, cinco mil soldados russos e ucranianos por semana, que estão morrendo sem motivo algum. A declaração feita por Zelensky hoje não fará nada além de prolongar o ‘campo da morte’, e ninguém quer isso!”, criticou Trump.

White House Rapid Response
Presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos EUA, Donald Trump, entram em confronto durante reunião

Mais cedo, o vice-presidente dos EUA voltou a afirmar que Washington pode abandonar as negociações de paz caso Kiev e Moscou se mostrem dispostos para um acordo de cessar-fogo. Em fala com jornalistas, J.D. Vance defendeu que ambos os países congelem as fronteiras territoriais “a um nível próximo do que existe hoje”.

De acordo com ele, os EUA já emitiram uma “proposta muito explícita” à Rússia e à Ucrânia sobre um caminho a seguir para um acordo de paz, acrescentando que “é tempo de dizerem sim ou de os Estados Unidos abandonarem este processo”.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato