Na madrugada desta terça-feira (19/11), as forças militares da Ucrânia realizaram um ataque inédito ao território russo utilizando mísseis de longo alcance produzidos pelos Estados Unidos, conhecidos como ATACMS.
O ataque envolveu seis desses mísseis, dos quais cinco foram abatidos pelos sistemas antiaéreos da Rússia, enquanto o sexto foi danificado. Segundo o Ministério da Defesa russo, os fragmentos do míssil danificado “caíram no território técnico de uma instalação militar na província de Bryansk, causando um incêndio que foi rapidamente extinto”. A pasta informou ainda que não houve vítimas nem danos materiais.
A ação ocorreu antes da aprovação de um decreto pelo governo de Vladimir Putin que atualiza a doutrina nuclear do país. A partir de agora, Moscou poderá usar armas nucleares como “último recurso para proteger a soberania do país”, caso seja ameaçada por um ataque com armas nucleares ou convencionais.
Essa mudança na doutrina russa ocorre dias após o governo dos Estados Unidos autorizar a Ucrânia a utilizar mísseis norte-americanos de longo alcance dentro do território russo, uma decisão que Putin classificou como “uma escalada perigosa da guerra“.
Em declaração à imprensa, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a “Federação Russa reserva o direito de usar armas nucleares em caso de agressão utilizando armas convencionais contra a Rússia e/ou a República de Belarus”.
EUA autorizam mísseis de longo alcance
No domingo (17/11), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que autorizou as forças militares da Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos na guerra contra a Rússia.
Segundo mídia local, a decisão da Casa Branca “representa uma grande mudança na política norte-americana”. No entanto, autoridades do país disseram que “não esperam” que tal medida “altere fundamentalmente o curso” do conflito entre Moscou e Kiev.
No entanto, para parlamentares do país, a permissão da Casa Branca para que Kiev utilize dentro da Rússia as armas norte-americanas abre uma frente sem precedentes, podendo levar a guerra para um conflito maior e que a resposta seria imediata.
Com Ansa e RT en Español.