As Forças Armadas da Ucrânia realizaram um grande ataque na região russa de Kursk na última terça-feira (06/08), operando uma incursão no território russo.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que os militares ucranianos tentaram romper a fronteira com tanques e veículos blindados. Como resultado dos bombardeios e ataques de drones, três residentes foram mortos e 24 pessoas ficaram feridas, incluindo seis crianças.
A Ucrânia usou cerca de 300 militares, apoiados por 11 tanques e mais de 20 veículos blindados, contra as posições das unidades que cobriam a fronteira do estado russo. Segundo o governador da região, Alexey Smirnov, os guardas de fronteira e o exército destruíram 16 unidades de equipamento das Forças Armadas Ucranianas na fronteira.
Inicialmente, o chefe da região de Kursk havia afirmado que “os soldados do serviço de fronteira do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) e das Forças Armadas da Federação Russa não permitiram que a fronteira fosse rompida”.
Mas, ao mesmo tempo, canais de Telegram russos de monitoramento da guerra relataram intensos combates na região de Kursk. “De acordo com dados preliminares disponíveis de diversas fontes, o inimigo conseguiu trazer várias unidades de veículos blindados para o nosso território”, escreveu o canal ‘Dois Majores’.
O presidente russo, Vladimir Putin, em reunião com membros do governo, comentou a situação na região de Kursk. Em um comunicado divulgado pelo Kremlin nesta quarta-feira (07/08), Putin classificou a situação como uma “provocação em grande escala por parte de Kiev”.
“O regime de Kiev empreendeu outra provocação em grande escala: está disparando indiscriminadamente com vários tipos de armas, incluindo mísseis, contra edifícios civis, edifícios residenciais e ambulâncias”, declarou Putin.
Posteriormente, o Ministério da Defesa russo afirmou que “a operação para destruir as unidades das Forças Armadas Ucranianas continua”. De acordo com a pasta, mísseis, aviação e artilharia “atingiram as forças inimigas, impedindo-as de avançar mais profundamente no território russo”.
Na região também foi organizada a evacuação de residentes da zona fronteiriça. Mais de 200 pessoas foram tiradas da zona de combate e cerca de mil pessoas também saíram da cidade por meio de transportes privados.