Vice-comandante da Marinha Russa é morto em ataque ucraniano
O Ministério da Defesa russo confirmou que o major-general Gudkov estava em uma missão de combate perto de fronteira da região de Kursk
O Ministério da Defesa russo confirmou na quinta-feira (03/07) que o major-general Mikhail Gudkov foi morto durante uma missão de combate em uma área de fronteira da região de Kursk.
A ação que resultou no falecimento de Godkov aconteceu nesta quarta-feira (02/07), quando ao menos quatro mísseis ucranianos foram lançados na base militar, informou uma publicação da cidade. Além do major-general, vários outros oficiais superiores foram vítimas do ataque realizado perto da vila de Korenevo, na mesma região, a cerca de 30 km da frente de batalha.
“Expresso minhas mais profundas condolências à família, amigos e colegas de serviço de Mikhail Gudkov, Nariman Shikhaliyev e todos os outros combatentes que foram mortos na região de Kursk”, informou o governador da região de Primorye, Oleg Kozhemyako, no Extremo Oriente da Rússia, em uma postagem no Telegram.
Gudkov, de 42 anos, participou da operação militar especial como comandante da 155ª Brigada de Infantaria Naval Separada a partir de 24 de fevereiro de 2022. Em março de 2025, foi nomeado vice-comandante-em-chefe da Marinha Russa. O presidente Vladimir Putin anunciou o militar no comando de toda a infantaria naval da Marinha e de todas as tropas de mísseis e artilharia costeira.
Em sua mensagem, o governador disse que Gudkov morreu “cumprindo seu dever como oficial ao lado de seus colegas soldados” e que, apesar de sua patente, ele “continuou a visitar pessoalmente as posições de nossos fuzileiros navais”.
Segundo o canal russo do Telegram MiG 41 a base militar teria sido revelada por um espião ou descoberta pela inteligência militar ucraniana, depois que alguns fuzileiros navais ligaram para familiares e amigos em Vladivostok, quando a cidade oriental começou a comemorar seu dia na quarta-feira (02/07).
A unidade russa participou da tentativa de tomar Kiev na primavera de 2022 e, em 2023, se envolveu nas repetidas ofensivas em Vuhledar, na parte sudeste da linha de frente, antes de ser redistribuída para combater a incursão da Ucrânia na província russa de Kursk.

Mikhail Gudkov, vice-chefe da Marinha russa, foi morto em um ataque de mísseis ucranianos na região de Kursk
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Pentágono suspende envio de armamentos
O serviço de Defesa norte-americano anunciou nesta terça-feira (01/07) a suspensão do envio de peças de artilharia, mísseis Patriot, Hellfire e Stinger para a Ucrânia. A decisão teria sido tomada após suposta escassez de armamento no estoque dos Estados Unidos.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que o Pentágono e a Casa Branca “não têm controle sobre o destino das armas fornecidas ao governo de Kiev”.
Os Estados Unidos já enviaram mais de US$ 66 bilhões em armas e assistência militar à Ucrânia desde o início da guerra, há mais de três anos. Na semana passada, durante a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o ex-presidente Donald Trump reuniu-se com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky e deixou em aberto a possibilidade de novos envios de sistemas Patriot.
(*) Com TASS