O presidente Volodymyr Zelensky, pediu aos governos de países aliados da Ucrânia que permitam a utilização de mísseis de longo alcance para atingir alvos dentro da Rússia, como forma de tentar mudar o cenário da guerra entre as duas nações vizinhas.
Em uma reunião do Grupo de Contato pela Defesa da Ucrânia (UDCG, por sua sigla em inglês), nesta sexta-feira (06/09), o mandatário de Kiev disse que esse tipo de munição é crucial para as forças militares do seu país neste momento.
“Precisamos ter esta capacidade de longo alcance, não apenas no território dividido da Ucrânia, mas também no território russo, para que a Rússia esteja motivada a procurar a paz”, afirmou Zelensky.
No mesmo encontro, o presidente ucraniano pediu especialmente aos representantes europeus que “ignorem as linhas vermelhas de Moscou”, dando a entender que considera as ressalvas de alguns aliados como uma representação do temor a represálias da Rússia.
A reunião ocorre dias depois de a Rússia fazer novas advertências a Kiev e aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), sobre as consequências de se envolverem diretamente no conflito.
“O Ocidente é literalmente o principal cliente e instigador da agressão militar do regime de Kiev e demonstra cada vez mais seu envolvimento direto como parte interessada”, declarou nesta quarta-feira (04/09) a porta-voz do Kremlin, Maria Zakharova, que também prometeu uma resposta “imediata e extremamente dolorosa” caso novos ataques conduzidos pela Ucrânia ocorram em território russo.
Apesar dessas declarações, os Estados Unidos prometeram enviar mais US$ 250 milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia, medida que foi anunciado pelo secretário da Defesa, Lloyd Austin, na reunião da UDCG.