Após ataque em Arak, Irã cobra ação da Agência Internacional de Energia Atômica
Dois projéteis israelenses atingem reator de água pesada de instalação nuclear no sudoeste de Teerã
Dois projéteis israelenses atacaram um reator de água pesada da instalação nuclear de Arak, localizada a sudoeste de Teerã, nesta quinta-feira (19/06). É mais um dos vários ataques contra instalações nucleares do país.
No domingo (15/06), o presidente do país afirmou que o programa nuclear iraniano tem fins exclusivamente pacíficos. Também foi pedido ao Conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), criada para promover o uso seguro da energia nuclear, que condenasse formalmente os ataques de Israel às instalações iranianas.
A Organização de Energia Atômica Iraniana (OEAI) comunicou à agência sobre o ataque nesta manhã, e a criticou pela ausência de medidas contra Israel, diante do ataque a outras instalações nucleares do país. Segundo a IRNA, a instalação não foi seriamente danificada e não riscos de radiação.
A OEAI destacou que o ataque de Israel viola o direito internacional que proíbe ofensivas contra instalações nucleares civis. A escalada de agressões também se verifica na batalha retórica.

Ataque contra instalações nucleares civis é violação do direito internacional, afirma OEAI
Reprodução / Tasnim News Agency
‘Eliminar Khamenei’
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou como que um dos objetivos militares de Israel é eliminar o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo para os iranianos. Sua morte, afirmou, é um dos “objetivos de guerra” de Israel. Foi a mais contundente fala nesses sete dias de conflito contra o líder supremo do Irã.
Em recentes declarações, Donald Trump mencionou a palavra “morte” ao se referir ao líder iraniano, que chamou de “alvo fácil”. Em resposta, Khamenei alertou Washington de que qualquer ataque ao território iraniano terá “consequências graves e irreparáveis”.
Enquanto isso, Trump faz cena com a imprensa e diz que está avaliando a possibilidade de intervenção militar no conflito. Questionado sobre uma possível participação dos EUA ao lado de Israel, ele se limitou a responder: “Posso fazer isso, posso não fazer isso”.
Até agora, sétimo dia de confronto, mais de 240 pessoas morreram no Irã, incluindo 70 mulheres e crianças, em consequência dos bombardeios israelenses. Em Israel, pelo menos 24 pessoas morreram após os últimos ataques iranianos.
Com Al Jazeera, IRNA e Tasnim New Agency