Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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Um ataque com mísseis lançado nesta segunda-feira (16/06) pelas forças de Israel atingiu um complexo midiático do Irã responsável pela produção de material para diferentes canais de televisão, rádios e agências de notícias estatais da República Islâmica.

Uma das bombas que afetaram o edifício chegou a impactar as proximidades de um dos estúdios, do Canal 6 iraniano, e interrompeu a transmissão ao vivo que era realizada por um noticiário local.

Um vídeo que está sendo difundido nas redes sociais mostra o momento exato da explosão próxima ao estúdio do Canal 6. É possível ver como uma jornalista, que transmitia uma notícia na hora do impacto, corre para tentar se proteger.

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Segundo a agência Tasnim, a transmissão foi interrompida por vários minutos, mas foi retomada posteriormente, com a mesma âncora voltando a falar ao vivo.

Também segundo a Tasnim, vários funcionários ficaram feridos em consequência do atentado.

Alvos ‘militares’

Em sua conta no X, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “o exército israelense controla os céus de Teerã”, e que está atacando “alvos militares, não civis”.

Complexo midiático iraniano após sofrer ataque de mísseis disparado por Israel
IRNA

O jornalista Pedro Marin, editor da Revista Opera e editor de Opinião em Opera Mundi, questionou a declaração de Netanyahu em uma publicação em suas redes sociais.

Marin esteve recentemente no Irã, e escreveu o seguinte relato: “o Canal 6 da TV iraniana acaba de ser bombardeado ao vivo. Há 13 dias eu estava nesse canal, dando uma entrevista. O local é um gigantesco complexo midiático, que além de abrigar televisões e redações jornalísticas, abriga também iniciativas culturais – como uma produtora de desenhos infantis que visitamos”.

“Qual é o valor militar de um complexo de mídia? Que tão perigosas armas as canetas dos jornalistas representam para Israel? É legal, na lei internacional e nos regramentos de guerra, bombardear jornalistas?”, indagou Marin.

Com informações de RT.