Ataques de Israel no Irã: número de mortos sobe para 500
Capital Teerã passa por dia mais intenso de bombardeamento; Como resposta, disparo de foguetes iranianos são interceptados por Israel
Desde o início dos ataques de Israel no Irã, em 13 de junho, ao menos 500 pessoas morreram e 3 mil ficaram feridos, segundo o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde de Teerã nesta segunda-feira (23/06).
Os novos ataques miraram alvos como os quartéis-generais da Guarda Revolucionária, principal braço das Forças Armadas iranianas, da milícia paramilitar Basij, responsável pela aplicação do código islâmico, e do esquadrão Alborz, que comanda a segurança em diversas áreas do distrito. Além disso, o bombardeio atingiu a entrada da penitenciária de Evin, conhecida por abrigar prisioneiros políticos, em Teerã.
“Esses quartéis-generais são importantes tanto do ponto de vista militar quanto em termos de governança”, disse um porta-voz das Forças de Defesa Israelenses (IDF). O poder Judiciário do Irã, no entanto, assegurou que a situação em Evin está “sob controle”.
Há relatos de ataques aéreos contra a sede do conglomerado estatal de rádio e TV Irib, que sofreu outro bombardeio israelense na semana passada. A Universidade Shahid Beheshti também foi outro alvo. O Crescente Vermelho declarou que a ofensiva atingiu os arredores de sua sede no norte da capital iraniana, onde diversos bairros ficaram sem energia elétrica devido a bombas lançadas sobre uma central de distribuição.

Ataques de Israel mataram 500 iranianos em dez dias
Meghdad Madadi / Tasnim News Agency
O governo sionista de Benjamin Netanyahu atacou aeroportos do país persa e destruiu cerca de 15 aviões e helicópteros militares, além de ter lançado mais mísseis a central nuclear de Fordow.
O Irã, por sua vez, disparou pelo menos 15 foguetes contra Israel nesta segunda-feira, sendo que a maioria foi interceptada. No entanto, os restos dos projéteis provocaram danos em uma rede de energia no sul do país e geraram interrupções no fornecimento a comunidades da região.
A nova troca de agressões chega menos de dois dias depois do bombardeio dos EUA contra as instalações nucleares de Fordow, Isfahan e Natanz, pilares do programa de energia atômica iraniano, o qual, segundo Israel e a Casa Branca, tem fins militares. “Todos os sítios nucleares no Irã sofreram danos monumentais. Aniquilação é um termo exato”, disse o presidente americano, Donald Trump, nas redes sociais.
Já o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, publicou no X que o “inimigo sionista cometeu um grande erro e um grande crime e deve ser punido”. “Ele está sendo punido agora mesmo”, assegurou. Também há a expectativa de represálias de Teerã contra bases americanas no Oriente Médio, que estão em alerta máximo.
“Os Estados Unidos, ao continuar apoiando incondicionalmente o bárbaro e agressivo regime sionista, entraram abertamente e diretamente na guerra, violando a soberania do Irã”, afirmou o chefe do Estado-Maior, Abdolrahim Mousavi.
(*) Com ANSA.