Quinta-feira, 10 de julho de 2025
APOIE
Menu

O governo da China fez uma declaração neste domingo (22/06) afirmando que “condena veementemente” o ataque lançado pelos Estados Unidos durante esta madrugada (segundo a hora local, e na noite de sábado 21 de junho, segundo a hora de Brasília) às instalações nucleares do Irã.

“Esta medida viola gravemente os propósitos e princípios da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e do direito internacional, e exacerba as tensões no Oriente Médio”, afirmou o comunicado de Pequim.

Em outro trecho da declaração, o país asiático disse que “a China pede às partes envolvidas no conflito, especialmente a Israel, a cessar o fogo o mais rápido possível, para garantir a segurança dos civis e iniciar o diálogo e as negociações”.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

O comunicado do governo chinês finaliza ressaltando que o país está disposto a “trabalhar com a comunidade internacional para unir forças, defender a justiça e restaurar a paz e a estabilidade na região”.

Governo da China disse que ‘pede às partes envolvidas no conflito, especialmente a Israel, a cessar o fogo o mais rápido possível’
Li Xin / Xinhua

Rússia e China

Vale lembrar que na quinta-feira (19/06), dois dias antes do ataque norte-americano, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, condenaram os ataques de Israel ao Irã e pediram uma solução negociada para encerrar o conflito, que entra em seu sétimo dia.

“Moscou e Pequim partem fundamentalmente do pressuposto de que a resolução da situação atual e das questões relacionadas ao programa nuclear iraniano não pode ser alcançada pela força. Uma resolução pode e deve ser alcançada exclusivamente por métodos políticos e diplomáticos”, afirmou um comunicado lido pelo assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, após uma conversa por telefone entre os dois mandatários.

Neste domingo (22/06), horas depois do ataque norte-americano, o chanceler do Irã, Seyed Abbas Araqchi, anunciou que fará uma “viagem urgente” a Moscou, na qual está programada uma reunião com o presidente russo.

“A Rússia é amiga do Irã e desfrutamos de uma parceria estratégica, por isso sempre nos consultamos e coordenamos nossas posições”, afirmou o chefe da diplomacia iraniana.

Com informações de Xinhua e RT.