EUA realizam três ataques ao Iêmen em menos de 24 horas

O Aeroporto Internacional de Hodeidah, no Iêmen, foi alvo de ao menos três ataques com drones e mísseis de longo alcance lançados pelos Estados Unidos durante este domingo (23/03), segundo informações do canal estatal iemenita Al Masirah.

Além do aeroporto, foram atingidas áreas ao sul da cidade de Al-Manzar, cidade costeira que fica na região ocidental do país.

Outros meios de comunicação árabes relatam que os ataques tiveram como alvo arsenais e plataformas de mísseis e drones dos Houthis, grupo rebelde que controla a maior parte do território do país.

Os meios locais afirmam que o ataque estadunidense não produziu vítimas, mas deixou oito pessoas feridas, incluindo Mansour al-Saadi, comandante das Forças Navais e de Defesa Costeira dos Houthis.

Operação contra os Houthis

Os Estados Unidos vêm realizando diversos ataques ao território do Iêmen desde o início deste mês de março.

O canal Al Masirah afirma que o bombardeio deste domingo foi o sexto registrado contra o Aeroporto Internacional de Hodeidah desde o último fim de semana.

No sábado (22/03), Washington lançou cinco ataques que atingiram o distrito de Makhzar, na província de Marib, no noroeste do Iêmen.

Durante a semana, aeronaves norte-americanas realizaram bombardeios contra as províncias de Al-Tuhayta e de Sa’ada, além da capital do país, Sana’a.

Há uma semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o lançamento de uma operação militar para “aniquilar os Houthis”.

Reação dos Houthis

Enquanto isso, o movimento rebelde intensificou seus ataques contra alvos americanos, incluindo navios de guerra do grupo de batalha do porta-aviões USS Harry Truman.

Neste sábado, o grupo também lançou várias ofensivas contra o Aeroporto Internacional Ben Gurion, o principal de Israel, alertando que ele se tornou inseguro para o tráfego aéreo.

Os Houthis são um dos grupos armados que mais atuam no Oriente Médio em favor da causa palestina. Seus ataques ao território de Israel utilizam um modelo de míssil hipersônico batizado “Palestina 2”, em solidariedade ao povo palestino que vem sendo alvo de um massacre na Faixa de Gaza, onde as tropas israelenses já mataram mais de 50 mil civis desde 7 de outubro de 2023.

Com informações de Al Masirah, TeleSur e RT.