A Presidência da Síria desmentiu, neste sábado (07/12), relatos de meios de comunicação estrangeiros que estão publicando “rumores e notícias falsas” sobre a saída do presidente sírio Bashar al-Assad de Damasco.
“A Presidência da República Árabe da Síria nega todos esses rumores, aponta seus alvos expostos e confirma que eles não são novos. Pelo contrário, essa mídia tem seguido esse padrão de tentativas de enganar e influenciar o Estado e a sociedade sírios durante os últimos anos da guerra”, declarou o governo de Assad.
O comunicado confirmou ainda que o mandatário “continua seu trabalho, seus deveres nacionais e constitucionais a partir da capital Damasco, e enfatiza que todas as notícias, atividades e posições relacionadas ao presidente vêm apenas das plataformas da Presidência da República e da mídia nacional síria”.
Segundo a SANA, agência de notícias do país, uma fonte militar também negou a retirada de unidades militares de uma zona rural da capital Damasco, denunciando “uma campanha de mídia enganosa feita pelas organizações terroristas armadas por meio de suas plataformas, sites e alguns canais de mídia, com o objetivo de espalhar o pânico e o medo entre os civis”.
De acordo com o Ministério da Defesa da Síria, as alegações de que os grupos extremistas tomaram controle de várias regiões no país decorrem porque “os terroristas entram em algumas aldeias e áreas e pedem às pessoas que os deixem filmar por alguns minutos e depois saem da área para publicar esses clipes em suas páginas no contexto da guerra suja da mídia para demonstrar seu controle sobre essas áreas e influenciar o moral do nosso povo e do nosso bravo exército”.
Segunda uma fonte militar à SANA, “também são incertos alguns relatos da mídia sobre a entrada de terroristas na cidade de Al-Qaryatayn, no sudeste da província de Homs”. Por sua vez, afirmou que as Forças Armadas da Síria na cidade “estão em posição e totalmente preparadas”.
O diretor da Companhia de Aviação Civil da Síria, Bassem Mansour, também desmentiu relatos e afirmou que o Aeroporto Internacional de Damasco, da capital síria, está operando com capacidade total. “Não é verdade o que alguns canais informam sobre a interrupção do tráfego aéreo”, garantiu ao afirmar que o aeroporto está recebendo voos e operando seus voos regulares para o exterior normalmente.
Operações do exército da Síria
O Exército da Síria afirmou, também neste sábado (07/12), que está realizando ataques terrestres e aéreos conjuntos com a Rússia contra combatentes de grupos extremistas nos arredores das províncias de Hama e Homs, no centro da Síria.
“As nossas forças que operam nos arredores de Hama e Homs estão realizando intensos disparos de artilharia e mísseis contra as posições e linhas de abastecimento dos terroristas, conseguindo ataques diretos uns contra os outros”, disse uma fonte militar síria, segundo a SANA.
A fonte militar síria indicou que aviões sírios e russos também realizaram ataques contra posições terroristas no nordeste de Homs, eliminando dezenas deles, e destruindo os seus veículos e equipamentos.
O Comando Geral do Exército e das Forças Armadas da Síria também informou que as unidades posicionadas nas províncias de Deraa e Sweida realizaram uma retirada estratégica e estabeleceram uma sólida cerca defensiva e de segurança para combater os recentes ataques de grupos extremistas contra pontos dispersos do exército.
“As nossas forças que operam em Deraa e Sweida estão se redistribuindo, reposicionando e estabilizando um perímetro de segurança após elementos terroristas terem atacado pontos de controlo isolados”, explicou o exército em um comunicado divulgado pelos meios de comunicação sírios.
De acordo com a declaração oficial, essas ações fazem parte de um esforço para manter a estabilidade na região, já que os militares concentram as operações para recuperar o controle de Homs e Hama dos grupos extremistas.
Com estas ações, o Exército Sírio procura repelir o avanço de grupos extremistas, liderados pelo Hayat Tahrir al Sham, vinculado à Al-Qaeda, com apoio de outras facções rebeldes aliadas, que iniciou os seus ataques em 27 de novembro contra o governo do presidente sírio, Bashar al Assad, em uma nova escalada da guerra que perdura desde 2011.
(*) Com TeleSUR e SANA