Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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Durante um discurso impactante na comemoração anual da Ashura em Beirute, neste sábado (05/07), o xeque Naim Qassem reafirmou o compromisso do movimento de resistência Hezbollah em defender o Líbano e resistir ao sionismo do governo de Israel.

O líder xiita também condenou as contínuas violações da ocupação, rejeitou a normalização e expressou forte apoio a Gaza e ao Iêmen, e disse considerar que a grande participação do público na comemoração deste ano foi “impressionante e profundamente simbólica”, principalmente porque alguns esperavam que a participação pública diminuísse devido aos recentes eventos regionais.

“Esta resistência é a do Imam Sayyed Musa al-Sadr e do mestre dos mártires da Ummah, Sayyed Hassan Nasrallah, e manterá o pacto”, afirmou o secretário-geral do Hezbollah em seu discurso. Ele enfatizou ainda que “a chama da resistência permanecerá acesa, mesmo que as circunstâncias sejam difíceis”.

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“A lógica do Hezbollah não é a guerra, mas uma estratégia nacional baseada na dignidade, soberania e estabilidade”, afirmou Qassem. Nesse sentido, o xeque reforçou que somente após a conclusão da primeira fase do cessar-fogo o Hezbollah estaria pronto para discussões sobre uma estratégia nacional conjunta para fortalecer o estado.

O líder xiita também criticou a pressão internacional, especialmente por parte dos Estados Unidos, para desmantelar a ala militar do Hezbollah. Para ele, a única escolha válida é entre dignidade e humilhação, e “a escolha não é entre vida e morte, mas entre dignidade e submissão. Sempre escolhemos a dignidade”.

O secretário-geral do movimento de resistência Hezbollah do Líbano descreveu o regime israelense como uma ameaça estratégica à paz regional e global

O secretário-geral do movimento de resistência Hezbollah do Líbano descreveu o regime israelense como uma ameaça estratégica à paz regional e global
Tasnim News Agency

Posicionamentos

Na última quinta-feira (02/07), Qassem declarou em outro discurso televisionado que Israel não é apenas um ocupante da Palestina, mas uma ameaça estratégica ao Líbano, Egito, Síria, Jordânia, a região em geral e a estabilidade global.

O líder do Hezbollah disse que o movimento não será influenciado por ameaças, nem aceitará entregar suas armas a Israel. “Desde que o acordo de cessar-fogo entre Líbano e Israel entrou em vigor, o regime não interrompeu sua agressão e violou o acordo mais de 3,7 mil vezes”, relembrou.

No final de junho, o comandante libanês também declarou que a contínua agressão do governo de Benjamin Netanyahu, incluindo bombardeios a Nabatieh, ataques a civis no sul do país e ao setor fronteiriço, é “responsabilidade do estado libanês”, e que este “deve exercer pressão e cumprir com seus deveres”, rejeitando as alegações de que o Hezbollah fornece pretextos para ataques israelenses.

(*) Com teleSUR