Os Houthis, grupo que controla parte do território do Iêmen, divulgou um vídeo nesta quarta-feira (01/01) no qual acusam o governo dos Estados Unidos de realizarem ataques ao seu país como forma de “apoiar o genocídio na Faixa de Gaza”.
A declaração se refere aos bombardeios contra a cidade iemenita de Sanaa, registrados na segunda e na terça-feira (30 e 31/12).
No vídeo, o porta-voz do grupo, Mohammed Abdulsalam, afirma que, apesar dos ataques, os Houthis continuarão, ao mesmo tempo, defendendo o território que administra no Iemên e realizando ataques contra o território de Israel, como forma de “apoiar a resistência palestina contra as forças invasoras”.
“A agressão dos Estados Unidos ao Iêmen é uma violação flagrante da soberania de um estado independente e um apoio flagrante a Israel para incentivá-lo a continuar seus crimes de genocídio contra o povo de Gaza”, disse Abdulsalam.

Houthis afirmaram em comunicado que continuarão apoiando a causa palestina, apesar dos ataques dos EUA ao Iêmen
Por sua parte, o Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos (CENTCOM), publicou um comunicado nas redes sociais frisando que “nos dias 30 e 31 de dezembro, navios e aeronaves da Marinha (norte-americana) realizaram um ataque visando uma instalação de comando e controle Houthi e instalações de produção e armazenamento de armas convencionais avançadas, que incluíam mísseis e veículos aéreos não tripulados”.
O canal de televisão iemenita Al Masirah, dirigido pelos Houthis, informou que ao menos 12 ataques aéreos foram lançados por caças norte-americanos nos últimos dias, todos eles contra distritos próximos à cidade de Sanaa, capital do país.
Os Houthis são um grupo que controla parte do território do Iêmen e que vem realizando ataques contra Israel em apoio à causa palestina. Na sexta-feira (27/12), a organização reivindicou um ataque com míssil ao aeroporto de Tel Aviv.
Outra ação comum realizada pelos Houthis nos últimos meses é a imposição de um bloqueio naval a Israel, interceptando navios que passam pelo Mar Vermelho, nas proximidades da Costa iemenita, pela rota que leva aos portos israelenses através do Canal de Suez.