Em discurso realizado neste domingo (03/11) pela televisão local, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, anunciou que seu país está preparando uma ação militar contra Israel, em retaliação ao ataque sofrido no dia 26 de outubro, quando mísseis disparados pelas forças militares do regime sionista israelense atingiram instalações de armazenamento de munições iranianas.
Na declaração, o mandatário chegou a invocar a Carta das Nações Unidas, mais especificamente o artigo 51, que fala sobre o “direito à autodefesa”, que respaldaria uma possível resposta de Teerã contra Tel Aviv.
Durante o discurso, Pezeshkian disse que a proporção da resposta iraniana dependerá da força dos ataques israelenses contra o Líbano e a Faixa de Gaza nos próximos dias.
“Se Israel reconsiderar o seu comportamento, aceitar um cessar-fogo e parar de atacar os oprimidos e inocentes na região, isso influenciará o tipo e a gravidade da resposta (do Irã)”, afirmou o presidente da República Islâmica.
Segundo o canal TeleSur, o mandatário iraniano terminou seu discurso dizendo que “todos os países do Oriente Médio querem a paz e a estabilidade na região, e o Irã também, quem fomenta a crise e a guerra é a entidade ocupante (Israel) dos territórios palestinos”.
Neste mesmo domingo, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, assegurou que a resposta militar do país “não será uma simples vingança, e será uma ação respaldada pelo direito internacional”.
O aiatolá também advertiu que a retaliação iraniana atingirá não somente Israel como também os Estados Unidos.
“O Irã nunca iniciou uma guerra ou instigou qualquer país à guerra, enquanto os Estados Unidos iniciaram guerras em diferentes partes do mundo, incluindo a nossa região”, declarou.
O ataque israelense do dia 26 de outubro, que causou a morte de quatro soldados iranianos, foi uma represália de Tel Aviv contra um ataque com mais de 100 mísseis realizado por Teerã contra o território israelense, no dia 1º de outubro – este, por sua vez, foi a resposta iraniana contra os assassinatos de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, e Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah.
Com informações de TeleSur.