Quinta-feira, 3 de julho de 2025
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O Parlamento do Irã anunciou nesta segunda-feira (23/06) que está avaliando um projeto de lei para suspender a cooperação de Teerã com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em resposta à conduta parcial e não profissional do órgão nuclear das Nações Unidas (ONU). 

Durante uma sessão plenária, o presidente iraniano da casa, Mohammad Baqer Qalibaf, reiterou a natureza pacífica do programa nuclear do Irã. O parlamentar destacou que o país persa não tem planos para atividades bélicas como as alegadas por Israel e os Estados Unidos.

“O Irã não tem planos para atividades não pacíficas, mas o mundo testemunhou claramente que a AIEA não honrou nenhum de seus compromissos e se transformou em um instrumento político”, afirmou Qalibaf, ressaltando que a legislação será aprovada enquanto Teerã não receber garantias tangíveis da conduta profissional da agência nuclear da ONU.

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Presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Baqer Qalibaf, durante sessão plenária que discutiu suspender cooperação de Teerã com a Agência Internacional de Energia Atômica
Tasnim/Hamed Malekpour

O presidente do Parlamento também classificou os ataques militares dos EUA às instalações nucleares iranianas como uma declaração de envolvimento direto na guerra, e afirmou que a ofensiva foi resultado do “fracasso do regime israelense em atingir seus objetivos” contra a nação. 

“Embora consideremos este ataque como resultado do fracasso estratégico do regime israelense em atingir seus objetivos, não vamos tolerá-lo. Definitivamente, daremos uma resposta que faria o jogador [Donald] Trump se arrepender de ter cometido o ato de agressão contra nosso querido país”, assegurou Qalibaf.

O governo de Israel travou uma guerra contra o Irã em 13 de junho e seguiu atacando o país persa, incluindo instalações militares, nucleares e áreas residenciais. A ofensiva ocorreu dois dias antes de mais uma rodada de negociações entre as delegações iraniana e norte-americana com respeito ao acordo nuclear. Na noite de sábado (21/06), a gestão de Trump interveio e atingiu três instalações nucleares em Natanz, Fordow e Isfahan.

As autoridades iranianas disseram que Teerã se reserva ao direito de recorrer às suas próprias alternativas para responder aos ataques dos EUA.

(*) Com Tasnim