Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O governo do Irã se pronunciou neste domingo (22/06) sobre o ataque realizado pelos Estados Unidos durante esta madrugada (segundo a hora local, e na noite de sábado 21 de junho, segundo a hora de Brasília) às instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan.

A primeira reação da República Islâmica veio através de um comunicado divulgado pela Organização de Energia Atômica do Irã, no qual o país afirmou que “estes foram ataques coordenados conjuntamente pelos Estados Unidos e por Israel”, e acusou os dois países de cometerem “uma clara violação do direito internacional e uma provocação imprudente que não ficará sem resposta”.

O texto também qualifica o bombardeio como um “ato bárbaro e ilegal, em flagrante violação do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP)”.

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“O inimigo norte-americano, por meio de uma declaração de seu presidente nas redes sociais, assumiu oficialmente a responsabilidade pelos ataques a essas instalações, que não estão dedicadas à produção de armamentos, como tem sido verificado pelo monitoramento contínuo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com base no acordo de salvaguardas e no TNP”, diz o comunicado.

‘Silêncio cúmplice’ da AIEA

Ao citar a AIEA, o Irã criticou o que descreveu como uma “postura passiva” da agência diante do discurso de Tel Aviv e de Washington sobre a suposta produção de armas nucleares por parte de Teerã.

Governo do Irã acusou AIEA de ser ‘cúmplice por omissão’ das agressões dos EUA e de Israel contra o país
Tasnim

“É lamentável que esta ação tenha ocorrido, em função da omissão da AIEA, que além de ignorar essas violações (de Israel e dos Estados Unidos), também permite, por meio do seu silêncio cúmplice, o comportamento agressivo desses países”, alega o comunicado iraniano.

A agência governamental do Irã conclui seu comunicado com um apelo à comunidade internacional diante do “comportamento de lei da selva” dos Estados Unidos.

O texto também pede para que os países do mundo apoiem o Irã na defesa de seus direitos legítimos.

“Apesar das conspirações malignas dos nossos inimigos, não permitiremos que o desenvolvimento pacífico desta indústria nacional, nascida do sangue de mártires nucleares, seja prejudicado”, finaliza a nota.

Com informações de Tasnim.