Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, garantiu nesta quarta-feira (25/06) que sua nação está pronta para “resolver os problemas” com o governo dos Estados Unidos, no âmbito de um cessar-fogo alcançado após 12 dias de uma guerra iniciada pelo regime sionista de Israel sob apoio norte-americano.

“O Irã está pronto para resolver os problemas com os Estados Unidos, com base no quadro internacional. Não pedimos nada além de nossos direitos”, disse o mandatário iraniano durante uma conversa por telefone com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman. 

“Esperamos que as conversas com os Estados Unidos comecem e deem frutos o quanto antes. O Irã agradece pela ajuda de nossos países amigos e irmãos nesse sentido”, acrescentou Pezeshkian.

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A autoridade também assegurou que Teerã “não procura confrontos” com as nações islâmicas e fronteiriças, em uma mensagem direcionada ao Catar, palco do ataque iraniano contra a principal base militar dos EUA no Oriente Médio. A ofensiva ocorrida na segunda-feira (23/06) atingiu a base aérea de Al Udeid, além de um reduto norte-americano no Iraque, entretanto, não deixou vítimas.

“Tivemos de atacar a base no Catar para responder à direta cumplicidade dos americanos na agressão israelense contra a integridade territorial do Irã”, reforçou, acusando a Casa Branca e o regime sionista de “semear discórdia e inimizade entre países islâmicos”.

Presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse que o país continuará comprometido com o cessar-fogo desde que Israel não viole a trégua
Tasnim

Trump contradiz Pentágono

Por sua vez, o presidente norte-americano Donald Trump alegou nesta quarta-feira que o cessar-fogo “caminha muito bem” e que os iranianos “não construirão a bomba [atômica] por muito tempo”.

No último fim de semana, aviões liderados pelos EUA bombardearam três centrais nucleares no Irã – em Fordow, Isfahan e Natanz. O magnata afirmou que “Fordow foi totalmente destruída”, entrando em contradição com os relatos da mídia norte-americana citando uma avaliação do Pentágono de que os ataques apenas atrasaram o programa nuclear de Teerã em alguns meses. Além disso, a extensão dos danos não foi confirmada por Teerã.

Trump seguiu alegando que o ataque às instalações nucleares iranianas “foi a mesma coisa de Hiroshima e Nagasaki”, em referência às bombas nucleares dos EUA que devastaram as duas cidades japonesas, em uma das piores catástrofes da história, e marcaram o fim da Segunda Guerra Mundial.

“Mas agora estamos muito de acordo com o Irã”, afirmou em declaração à imprensa em Haia, na Holanda, ao lado do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte.

Uma avaliação inicial do Pentágono sugeriu que o bombardeio norte-americano não conseguiu destruir as instalações nucleares subterrâneas do Irã conforme afirma Trump, segundo os veículos The New York Times, The Washington Post e CNN na terça-feira (24/06), que citaram autoridades familiarizadas com o relatório de inteligência militar dos EUA.

À CNN, fontes declararam que o “urânio enriquecido do Irã não foi destruído” e as centrífugas estavam “praticamente intactas”. Acrescentaram também que, de acordo com a avaliação, o urânio enriquecido havia sido movido antes dos ataques dos EUA.

(*) Com Ansa e Tasnim