Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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Três homens foram executados nesta quarta-feira (25/06) na cidade de Úrmia, no noroeste do Irã, após serem condenados por espionagem em favor do Mossad, o serviço de inteligência israelense.

Edris Aali, Azad Shojaee e Rasoul Ahmad também foram acusados de muharebeh — crime contra Deus — além de “corrupção na Terra” por colaborar com um governo estrangeiro e praticar espionagem a serviço do regime sionista.

A Justiça iraniana intensificou a repressão contra espiões e elementos considerados inimigos após o ataque lançado por Israel em 13 de junho, sob ordens do premiê Benjamin Netanyahu.

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Segundo as autoridades, os condenados mantinham contato com o Mossad a partir de um país vizinho e introduziram ilegalmente armamentos no Irã, escondendo-os como se fossem bebidas alcoólicas. A operação teria resultado na morte de militares, cientistas nucleares e mais de 600 civis durante ataques israelenses, o que justificou a sentença.

Agências de segurança iranianas prenderam 700 indivíduos acusados ​​de trabalhar para o Mossad e executam três por muharebeh e corrupção

Agências de segurança iranianas prenderam 700 indivíduos acusados ​​de trabalhar para o Mossad e executam três por muharebeh e corrupção
Mahmood Hosseini / Tasnim News Agency

Durante o atual conflito entre Israel e a República Islâmica, os serviços de segurança e inteligência iranianos prenderam cerca de 700 pessoas suspeitas de colaborar com a inteligência israelense — uma das maiores ações de contraespionagem do país em anos recentes.

As detenções se concentraram nas províncias de Kermanshah, Isfahan, Khuzestan, Fars e Lorestan. Ainda não foram divulgados os presos em Teerã.

Somente na capital, mais de 10.000 drones de pequeno porte foram apreendidos, segundo fontes ouvidas pelo jornal libanês Al Mayadeen. As operações tinham como alvo redes afiliadas ao Mossad que operavam clandestinamente no território iraniano.

Entre as atividades de sabotagem atribuídas aos suspeitos estavam o uso de drones suicidas, a produção de granadas de mão, a espionagem de instalações militares sensíveis e a transmissão de informações estratégicas ao exército de ocupação israelense.

Esses números, baseados em relatórios oficiais da segurança e do Judiciário iraniano, não incluem casos envolvendo estrangeiros, indicando o foco das ações no combate a ameaças internas.

(*) Com Tasnim News Agency e Al Mayadeen