Irã lança nova ofensiva contra Israel: ‘morte lenta ou fujam’

As Forças Armadas do Irã lançaram uma nova onda de ataques de mísseis de retaliação contra Israel nesta quarta-feira (18/06). Segundo o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), essa é a 12ª ofensiva desde o início da escalada por Tel Aviv.

De acordo com o IRGG, citada pela agência de notícias iraniana Mehr, Teerã conseguiu destruir “com sucesso”  os sistemas de defesa israelenses em toda “a Palestina ocupada”, referindo-se ao território onde foi criado o Estado de Israel.

“E agora, o espaço aéreo dos territórios ocupados está aberto para receber mísseis e drones iranianos”, acrescentou o comunicado.

O IRGC ainda disse estar pronto para lançar “ataques contínuos com mísseis contra a Palestina ocupada”, relembrando a promessa feita pelo falecido chefe do Corpo, Hossein Salami, que jurou que o Irã “abriria os portões do inferno para os sionistas em resposta aos seus numerosos crimes”. 

“Certifiquem-se de que o som das sirenes de alarme não se desligue nem por um segundo”, disse o IRGC, acrescentando que os sionistas agora têm que escolher “entre a morte gradual em abrigos e a fuga dos territórios ocupados o mais rápido possível”.

Imagens da agência iraniana de notícias Tasnim mostram colunas de fumaça deixadas pelos mísseis hipersônicos cruzando o céu a caminho do território israelense. “Surgiram relatos de que várias explosões enormes abalaram Tel Aviv”, relatou a agência. 

Usinas nucleares do Irã

Além de anunciar a nova ofensiva contra Israel, o governo do Irã garantiu que a situação das usinas nucleares do país é “boa”, apesar dos ataques realizados por Tel Aviv nos últimos dias, sobretudo contra as plantas de Natanz, Fordow e Isfahan.

A declaração chega na esteira das preocupações sobre potenciais vazamentos de radiação nas unidades devido aos bombardeios.

“A situação das usinas nucleares é boa”, disse o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohammad Eslami. “O inimigo pode estar certo de que não chegará a nenhum lugar”, acrescentou.

Enquanto isso, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) afirmou ter informações que apontam que duas fábricas de centrífugas para enriquecimento de urânio foram bombardeadas, uma em Karaj e outra na capital Teerã.

“Em Teerã, um prédio onde rotores para centrífugas avançadas eram produzidos e testados foi atingido. Em Karaj, foram destruídos dois prédios onde vários componentes de centrífugas eram produzidos”, salientou a agência na rede social X.

(*) Com Ansa, Mehr Tasnim News Agency