O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, aliado do grupo palestino Hamas e do movimento libanês Hezbollah, defendeu nesta segunda-feira (25/11) que as lideranças israelenses, responsáveis pelo massacre em curso na Faixa de Gaza, merecem sentenças de morte, e não apenas mandados de prisão.
Seus primeiros comentários à respeito da recente decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) foram realizados durante uma reunião em Teerã. Na última quinta-feira (21/11), a Corte emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por cometerem crimes de guerra e contra a humanidade que já provocaram mais de 44 mil mortes no território palestino.
“Eles emitiram um mandado de prisão, isso não é suficiente. A sentença de morte deve ser emitida para esses líderes criminosos”, disse Khamenei, referindo-se às lideranças do regime sionista.
Em rede social, a autoridade iraniana destacou que “o bombardeio de casas de civis não é uma vitória. O inimigo não venceu em Gaza ou no Líbano, nem vencerá”.
The stupid Zionists imagine that by bombarding people’s homes, hospitals, and places where people are gathered, they’re the victors. No, no one in the world considers that to be a victory.
— Khamenei.ir (@khamenei_ir) November 25, 2024
Em sua decisão, os juízes do TPI, com sede em Haia, declararam ter “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant eram criminalmente responsáveis por um “ataque generalizado e sistemático contra a população civil de Gaza”, ao realizar assassinatos, perseguições e usar a fome como arma de guerra.
As autoridades competentes do tribunal podem ordenar penas de prisão de até 30 anos e, em circunstâncias excepcionais, penas de prisão perpétua. No entanto, não pode emitir sentenças de morte.
O mandado de prisão preventiva teoricamente limita o movimento de Netanyahu, já que qualquer um dos 124 países-membros do TPI seria obrigado a prendê-lo em seu território.
O promotor-chefe do tribunal, Karim Khan, pediu aos membros nacionais que ajam de acordo com os mandados, enquanto aos não membros, que incluem Israel, Irã, Estados Unidos, China, entre outros, trabalhem correspondendo à “defesa do direito internacional”.
(*) Com Telesur