Sexta-feira, 16 de maio de 2025
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Nesta terça-feira (06/05), a força aérea israelense bombardeou, pelo segundo dia consecutivo, a infraestrutura nas mãos dos houthis no Iêmen, incluindo o aeroporto e as estações de energia em Sanaa, dois dias depois que os rebeldes dispararam um míssil contra o principal aeroporto internacional de Israel.

O exército israelense disse que havia “desativado completamente” o aeroporto de Sanaa e atacado “estações de energia” na região de Sanaa e uma “fábrica de cimento” mais ao norte. Pistas de pouso, aeronaves e infraestrutura foram atingidas. O canal Al-Massirah relatou ataques israelenses ao aeroporto da capital do Iêmen, a três estações de eletricidade em Sanaa e arredores e a uma fábrica de cimento em Amrane (norte). Os ataques mataram três pessoas, de acordo com um relatório inicial dos Houthis.

Como no dia anterior, a Al-Massirah acusou os Estados Unidos de participarem dos ataques, mas Washington negou qualquer envolvimento na segunda-feira (05/05). Pouco antes dos novos ataques, o porta-voz do exército israelense em árabe, Avichay Adraee, em uma mensagem no X, pediu a “evacuação imediata da área ao redor do aeroporto” em Sanaa.

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Os Houthis, juntamente com o Hamas palestino e o Hezbollah libanês, fazem parte do que o Irã apresenta como o “eixo de resistência” contra Israel. “Esta é (…) uma mensagem de advertência ao chefe do grupo iraniano: você é diretamente responsável por qualquer ataque realizado por braços das forças Houthis contra o Estado de Israel – e você arcará com todas as consequências”, alertou o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, em uma gravação de vídeo com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Os Houthis imediatamente alertaram em um comunicado que responderiam aos ataques. “A agressão não ficará sem resposta”, prometeram.

Ataques israelenses mataram três pessoas, de acordo com relatório inicial dos Houthis
idfonline/X

Represália pelo ataque ao aeroporto israelense

Na segunda-feira, ataques israelenses em áreas controladas pelos Houthis no oeste do país deixaram quatro mortos, de acordo com o Ministério da Saúde Houthi. No mesmo dia, Israel anunciou que havia atacado a infraestrutura Houthi pela quinta vez desde julho de 2024, “em resposta aos repetidos ataques do regime terrorista Houthi contra o Estado de Israel”. A infraestrutura atacada no porto de Hodeida (oeste), usando mísseis e drones, foi usada para a “transferência de armas e equipamentos militares iranianos”, segundo autoridades israelenses.

Alegando agir em solidariedade aos palestinos, os rebeldes iemenitas reivindicaram a responsabilidade por dezenas de ataques com mísseis e drones contra Israel desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza. Quase todos os tiros foram interceptados. Mas no domingo (04/05), um míssil disparado pelos Houthis atingiu diretamente o perímetro do aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu uma resposta forte com “muitos estrondos”. Rebeldes iemenitas reivindicaram a responsabilidade por “disparar um míssil balístico hipersônico contra Ben Gurion”, o que causou uma breve interrupção no tráfego aéreo e uma suspensão temporária de voos