Israel diz ter matado comandantes da Guarda Revolucionária; Irã não confirma

O governo de Israel anunciou neste sábado (21/06) ter matado três comandantes da Força Quds, grupo de operações internacionais da Guarda Revolucionária do Irã. O país persa, no entanto, ainda não confirmou as mortes.

Um dos alvos foi Saeed Izadi, acusado por Israel de ser um dos principais planejadores da ofensiva do Hamas em 7 de outubro de 2023 como o chefe do Corpo Palestino da Força Quds. Segundo Tel Aviv, o ataque foi na província iraniana de Qom contra um apartamento.

O outro suposto alvo foi Behnam Shahriyari, chefe da Unidade de Transferência de Armas da Força Quds, que seria responsável por armar organizações aliadas do Irã no Oriente Médio. O governo israelense disse que o ataque ocorreu a oeste de Teerã, capital persa, e que ele teria sido assassinado dentro de seu carro. A terceira vítima seria Aminpour Joudaki, suposto comandante de ataques com drones contra Israel.

Nono dia de ataques

Conflito entrou no nono dia após as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma operação em larga escala contra o Irã. A Força Aérea israelense atingiu alvos militares e instalações do programa nuclear. O governo iraniano respondeu aos ataques.

Neste sábado, os sistemas de defesa aérea iranianos repeliram um ataque israelense de mísseis e drones, interceptando alvos sobre Teerã e na província de Isfahan.

De acordo com a mídia local, explosões foram ouvidas no leste da capital durante a ação defensiva e pelo menos três explosões foram relatadas enquanto as defesas aéreas respondiam aos ataques israelenses.

O governo iraniano tem afirmado que não tolerará agressões contra seu povo, seu território ou suas instituições soberanas. O país descartou, inclusive, conversas sobre acordo nuclear enquanto Israel não parar ataques.

Acusações no Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova York, se reuniu nesta sexta-feira (20/06) para tratar sobre a guerra entre Israel e Irã.

O embaixador do Irã, Amir Saeid Iravani, destacou que o governo de seu país exerce o direito inerente à autodefesa, de acordo com as leis internacionais. Ainda afirmou que manterá os bombardeios até que Israel interrompa os ataques. Já o representante isralense Danny Danon afirmou que Tel Aviv está fazendo o que a ONU deveria ter feito há muito tempo.

E numa tentativa de evitar a escalada da guerra, representantes da Alemanha, França, Reino Unido e da União Europeia se reuniram com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi. Após a reunião, o ministro das Relações Exteriores alemã, Johann Wadephul, considerou que a conversa foi positiva e deixou a impressão de que o Irã está preparado para manter o diálogo aberto.

(*) Com Sputnik Brasil, Telesur e Brasil de Fato.