Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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O ministro das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Ronald Lamola, repudiou veementemente a violação do território iraniano por Israel e os ataques a instalações nucleares do país, durante conversa telefônica com o Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, na quarta-feira (02/07).

O diplomata sul-africano manifestou solidariedade ao povo iraniano e afirmou que “seu país empregará todos os esforços para salvaguardar o regime de não proliferação nuclear e apoiará negociações abrangentes em prol da paz e segurança internacionais”.

Em resposta, Araqchi elogiou a postura do homólogo ao condenar a “agressão do regime sionista do apartheid” contra o Irã. Criticou os ataques israelenses, classificados como “ilegais e terroristas”, atribuindo-os à impunidade de Israel e à inação da comunidade internacional diante das atrocidades cometidas em Gaza, Líbano e Síria.

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Em 13 de junho, Israel iniciou uma guerra não provocada contra o Irã, lançando ataques aéreos contra alvos nucleares, militares e civis, resultando na morte de mais de 930 pessoas — incluindo comandantes, cientistas e civis. Um cessar-fogo foi estabelecido em 24 de junho.

O principal diplomata sul-africano condenou veementemente o recente ato de agressão do regime israelense contra o Irã

O principal diplomata sul-africano condenou veementemente o recente ato de agressão do regime israelense contra o Irã
Tasnim News Agency

Irã denuncia EUA na ONU

O embaixador iraniano Saeed Iravani enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao Conselho de Segurança na segunda-feira (30/6), rejeitando a justificativa norte-americana para os recentes ataques, principalmente os que atingiram instalações nucleares civis.

No documento, divulgado pela Tasnim News Agency, o Irã acusa os EUA de “ato de agressão ilegal”, afirmando que o alegado direito à autodefesa coletiva é “juridicamente infundado, politicamente perigoso e estrategicamente desestabilizador”.

A carta ressalta que os bombardeios norte-americanos de 22 de junho contra as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan violaram o Artigo 2(4) da Carta da ONU, sem base legal. “O Artigo 51 só autoriza a autodefesa em caso de ataque armado — o que não ocorreu”, destacou o texto.

(*) Com Tasnim News Agency