Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) atacaram a instalação subterrânea de enriquecimento de urânio do Irã em Fordow nesta segunda-feira (23/06), de acordo com a agência iraniana Tasnim. A ofensiva foi realizada dois dias depois que os Estados Unidos atingiram, na noite de sábado (21/06), o local com bombas destruidoras de bunkers. O regime sionista informou que o recente ataque visou bloquear as rotas de acesso a Fordow, mas não forneceu detalhes.

Segundo o jornal The Times of Israel, ao longo do dia, o governo israelense também lançou diversas ofensivas aéreas contra símbolos importantes em Teerã, incluindo supostas instalações pertencentes ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), a prisão de Evin e o chamado “relógio da destruição”.

As IDF alegaram que a campanha de ataques desta segunda-feira tinha a intenção de ameaçar um golpe nas capacidades militares do regime iraniano. Conforme as forças sionistas, foram alvejados a sede da Basij em Teerã, o Corpo Alborz, a inteligência das forças de segurança interna iranianas e a polícia de segurança geral.

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As tropas israelenses também relataram ter atingido o quartel-general Thar-Allah do IRGC, que é “encarregado de defender Teerã contra ameaças à segurança”, além do Corpo Sayyid al-Shuhada do IRGC. Outras ofensivas na capital iraniana atingiram a sede da unidade de segurança da informação das forças do país. 

Israel relata ter atacado a prisão de Evin, a instalação nuclear de Fordow e supostos centros de comando militares
Forças da Defesa de Israel

Prisão de Evin

O ministro da Defesa do regime sionista, Israel Katz, disse que um ataque aéreo israelense atingiu o portão da prisão de Evin, em Teerã. De acordo com o Judiciário iraniano, a ofensiva deixou as seções da instalação danificadas, mas afirmou que a situação da penitenciária está sob controle e não reportou prisioneiros feridos.

A emissora catari Al Jazeera citou a irmã de um dos detidos da prisão de Evin, que classificou a ofensiva aérea como sendo “completamente irresponsável” por parte do regime sionista.

Segundo o veículo, acredita-se que o Irã mantenha cerca de 20 cidadãos europeus. Após o ataque, o ministro das Relações Exteriores da França acusou Israel de colocar dois de seus cidadãos em perigo, acrescentando que a campanha israelense precisa parar imediatamente.

“O ataque contra a prisão de Evin, em Teerã, colocou em perigo nossos cidadãos Cecile Kohler e Jacques Paris, que estão detidos há três anos. É inaceitável”, escreveu Jean-Noel Barrot na plataforma X.

Chirinne Ardakani, advogada da família Kohler, também denunciou a conduta israelense.

“O risco de tumultos, confusão geral e represálias das forças de segurança contra os prisioneiros insurgentes aumenta os temores de derramamento de sangue”, afirmou.

“Relógio da Destruição”

As IDF atacaram o chamado “relógio da destruição”, localizado em uma praça de Teerã, e que faz uma espécie de contagem regressiva para o “fim” do Estado de Israel.

O relógio estava em exposição na Praça Palestina desde 2017, com base na previsão do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, de que o governo israelense deixará de existir antes de 2040.

As primeiras informações fornecidas pelas forças israelenses reportaram que o relógio havia sido gravemente danificado.

(*) Com Ansa, Al Jazeera e Times of Israel