Países europeus bloqueiam pedidos de sírios que buscam asilo após queda de Assad
Alemanha, Grécia, Reino Unido e outras quatro nações suspenderam trâmites um dia após tomada de Damasco pelo grupo extremista Hay’at Tahrir al-Sham
Ao menos sete países anunciaram nesta segunda-feira (09/12) a suspensão das decisões pendentes sobre pedidos de asilo de cidadãos sírios, um dia depois de rebeldes tomarem o poder da nação ao derrubarem o regime do ditador Bashar al-Assad.
Até agora, entre as nações que divulgaram medidas para bloquear os vistos de refúgio ou incentivar o retorno dos cidadãos para a Síria estão Áustria, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Noruega, Reino Unido e Grécia.
Segundo o ministro do Interior da Áustria, Gerhard Karner, foram dadas instruções para “preparar um programa ordenado de repatriação e deportação para a Síria”.
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Já Dinamarca e Noruega informaram que a decisão foi tomada “devido à situação muito incerta no país após a queda do regime de Assad”.
Por sua vez, o governo alemão justificou a medida explicando que neste momento não está claro como irá evoluir a situação após os rebeldes assumiram o poder. Desta forma, “não é possível fazer avaliações bem fundamentadas”.

Agência das Nações Unidas para Refugiados
Trâmites de pedidos de asilo feitos por refugiados sírios foram suspensos em ao menos sete países da Europa
Em meio ao cenário atual de incerteza, o escritório federal de imigração e refugiados decretou um “congelamento das decisões sobre os processos de asilo atualmente em andamento” para os sírios, segundo o anunciado pela ministra do Interior, Nancy Faeser.
Além dos países que já tomaram a decisão, a França anunciou que estuda suspender os pedidos de asilo de sírios, segundo declaração do Ministério do Interior do governo de Emmanuel Macron.