Segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 1,1 milhões de pessoas abandonaram as suas casas e territórios em toda a Síria desde a queda do governo de Bashar al Assad, deposto no último domingo (08/12) após o avanço do grupo Tahrir al-Sham (HTS) sobre a capital Damasco.
A situação gerou confrontos entre grupos armados apoiados pelos Estados Unidos e pela Turquia, no norte da Síria, levaram ao deslocamento forçado de cerca de 80 mil pessoas que procuravam fugir dos combates, de acordo com o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
Ao longo da última quinta-feira (12/12), combatentes curdos das Forças Democráticas Sírias (SDF) apoiadas pelos EUA e do grupo armado pró-turco Exército Nacional Sírio (SNA) travaram combates ferozes perto da cidade de Manjib, no norte da Síria.
As Nações Unidas também observaram escassez de alimentos em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, enquanto alguns bairros sofrem cortes de energia e os preços dos combustíveis permanecem elevados.
Além disso, o acesso à água e a outros serviços essenciais tem sido dificultado para centenas de milhares de pessoas.
O OCHA ainda informou que a entrega de ajuda humanitária no nordeste da Síria tem sido dificultada por movimentos restritos devido aos combates.
Em meio a confrontos entre grupos terroristas em diversas regiões da Síria, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou à Turquia na tentativa de reduzir as tensões devido ao confronto entre seus respectivos aliados.
Em Ancara, Blinken tentou defender o papel das milícias curdas, enquanto o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que tomará medidas contra qualquer organização que considere terrorista.
(*) Com TeleSUR