Quinta-feira, 3 de julho de 2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (17/06) que a morte do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, “ainda” não está nos planos. A declaração foi dada no quinto dia de ataques após o início da ofensiva de Israel contra Teerã.

Ao chamar Khamenei de “alvo fácil”, o republicano disse saber onde ele “está escondido”. “Mas está seguro lá. Não vamos tirá-lo (matá-lo!), ao menos não ainda”, acrescentou na mensagem compartilhada na plataforma Truth Social.

Contudo, o mandatário de extrema direita deixou claro que sua posição pode mudar dependendo do desenvolvimento da guerra no Oriente Médio. “Nós não queremos mísseis lançados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, escreveu Trump.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já havia afirmado, na última segunda-feira (16/06) que não descartava assassinar Khamenei, pois sua eliminação poderia representar “o fim do conflito” no Oriente Médio.

Além das ameaças contra o líder suprema iraniano, o presidente dos EUA ainda exigiu “rendição incondicional” de Teerã. Poucos minutos antes, escreveu outra mensagem afirmando ter “o controle total e completo dos céus do Irã”.

Trump também observou que apesar do Irã possuir grandes quantidades de equipamento militar, tais capacidades “não se comparam” às armas produzidas pelos EUA.

EUA x Irã?

Em meio às afirmações de Trump, a emissora norte-americana CNN afirmou que o governo dos EUA “está cada vez mais inclinado a usar seus recursos militares” para atacar as instalações nucleares do Irã, citando duas autoridades familiarizadas com as discussões.

Trump permanece aberto a uma solução diplomática, mas somente se o Irã fizer concessões significativas, segundo a reportagem. A publicação ainda relatou que “seu pensamento se tornou mais agressivo recentemente, à medida que ele se desanima com a ideia de negociações” sobre um acordo nuclear.

 Trump afirmou que Teerã “deveria ter aceitado o acordo que estava na mesa”, pois “teria salvado muitas vidas”
Joyce N. Boghosian/Fotos Públicas

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou também nesta segunda-feira que a decisão de se juntar a Tel Aviv contra o Irã é uma decisão que cabe a Trump, como presidente dos EUA.

“As decisões do presidente dos Estados Unidos são decisões dos Estados Unidos, e respeitaremos qualquer decisão e seremos gratos por qualquer ajuda”, acrescentou.

No entanto, reconheceu que “os Estados Unidos estão atualmente ajudando Israel a se defender de alguns ataques”.

Acordo nuclear

Na última sexta-feira (13/06), o Irã foi alvo de um bombardeio lançado pelas forças de Israel, que atingiu o bairro de Mahallati, na capital Teerã, conhecido como área residencial de oficiais militares.

Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ataque foi feito porque o Irã estaria próximo de conseguir uma arma nuclear, argumento refutado pelo Irã. O país afirma que o urânio enriquecido é utilizado para abastecer usinas nucleares que fornecem energia elétrica à população.

Porém, o ataque de Israel aconteceu dois dias antes de uma nova rodada de negociações entre Teerã e Washington no âmbito de um acordo em relação ao programa nuclear iraniano.

Sobre o assunto, Trump afirmou, também nesta segunda, que Teerã “deveria ter aceitado o acordo que estava na mesa”, pois “teria salvado muitas vidas”.

(*) Com Ansa, TASS informações de The Guardian