Atualizada em 20/11/2015 às 6h
Após a Segunda Guerra Mundial, os países aliados formaram um tribunal internacional para julgar os crimes de guerra dos nazistas, que ficou conhecido como Tribunal de Nuremberg. A corte iniciou os trabalhos em 20 de novembro de 1945 e, ao longo de 10 meses, conduziu 13 julgamentos contra 24 dirigentes do Partido Nacional-Socialista e do III Reich. A sede, a cidade alemã de Nuremberg, tinha abrigado os congressos do partido por vários anos e, com isso, era o lugar da Alemanha mais associado à ideologia nazista.
Nos julgamentos, os nazistas foram acusados de terem provocado o conflito deliberadamente e empreendido agressivas guerras de conquista. Quase todos foram acusados de assassinato, escravização, pilhagem e outras atrocidades cometidas contra soldados e civis dos países ocupados. Alguns foram também acusados de perseguição aos judeus e outros grupos étnicos e nacionais.
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Os principais criminosos de guerra nazistas no banco dos réus em Nuremberg, na Alemanha
Os processos de Nuremberg foram conduzidos por um tribunal internacional composto por representantes dos Estados Unidos (Francis Biddle), da União Soviética (Iona Nikitchenko), do Reino Unido (Justice Lawrence) e da França (Henri Donnedieu). O representante britânico presidiu as sessões.
Um dos momentos mais impactantes foi quando o juiz da Suprema Corte dos EUA Robert Jackson, funcionando como promotor, tendo à frente uma avalanche de documentos, apontou para os acusados, dizendo: “É difícil, hoje, imaginar nestes homens encarcerados, o poder do qual dispuseram como chefes nazistas e com o qual dominaram e aterrorizaram grande parte do mundo”.
Juízes e promotores públicos de todos os quatro países participaram do julgamento. Os réus foram altos dirigentes da Alemanha nazista, como Hermann Goering, Rudolf Hess, Martin Bormann, Albert Speer, Joachim von Ribbentrop, Franz von Papen, Karl Donitz, Erich Raeder, Gustav Krupp, Alfred Rosemberg, Robert Ley e vários outros.
Em 1° de outubro de 1946, o tribunal condenou 19 réus e inocentou três. Sete réus (incluindo Hess e Raeder) receberam prisão perpétua. Baldur von Schirach e o arquiteto Speer foram condenados a 20 anos de prisão. Bormann, lugar-tenente de Hitler; Goering, chefe da Gestapo e comandante da Luftwaffe (força aérea); o ministro das Relações Exteriores, von Ribbentrop; Alfred Jodl, chefe do estado-maior da Wehrmacht (exército); e Wilhelm Frick, ministro do Interior, foram condenados à morte na forca.
Dos 24 acusados originalmente, Ley cometeu suicídio na prisão e Krupp foi considerado mental e fisicamente incapacitado. Em outubro de 1946, dez dos planejadores da política nazista foram enforcados. Goering, que na sentença havia sido considerado “um dos chefes da guerra de agressão e criador do programa de opressão contra os judeus”, matou-se na cela, horas antes da execução, ingerindo uma cápsula de cianureto.
Também nesta data:
284 – Diocleciano é coroado imperador romano
1910 – Escritor russo Leon Tolstoi é encontrado morto
1936 – José Primo de Rivera é executado na Espanha
1975 – Morre o ditador espanhol Francisco Franco