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História

Hoje na História: Lançada a Doutrina Monroe, de 'América para os americanos'

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A declaração de Monroe, redigida pelo secretário de Estado John Quincy Adams, tinha por objetivo prevenir tentativas de outras nações de colonizar territórios tanto na América do Norte quanto na América do Sul e Caribe

Max Altman

2009-12-02T08:03:00.000Z

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Em 2 de dezembro de 1823, o presidente dos Estados Unidos, James Monroe, enviou a mensagem anual ao Congresso e apelou para um enfoque novo e audaz sobre a política externa norte-americana. Com os anos, a estratégia passou a ser conhecida como “Doutrina Monroe”.  O presidente disse ao Congresso e aos impérios mundiais da época que as Américas deveriam ficar de fora do controle e da influência da Europa – e, assim, deixar caminho para que Washington preenchesse a lacuna. Nas décadas seguintes, essa política foi evocada e adaptada por sucessivos presidentes para garantir a exclusividade dos interesses econômicos e políticos dos EUA no hemisfério ocidental.

A declaração de Monroe, redigida pelo secretário de Estado John Quincy Adams – que o sucederia como presidente em 1824 – tinha por objetivo prevenir tentativas de outras nações de colonizar territórios tanto na América do Norte quanto na América do Sul e Caribe, apesar de até então não terem sido manifestadas pelas potências europeias.

Os termos da Doutrina Monroe foram expostos com precisão inquestionável:

“A ocasião se apresenta propícia para firmar um princípio em que os direitos e interesses dos EUA estão envolvidos, que os continentes americanos, em virtude de sua condição de liberdade e independência que assumiram e mantêm, não deveriam ser doravante considerados como objetos de futura colonização por qualquer potência europeia. (...) Devemos, no entanto, em razão da franqueza e em virtude das relações amigáveis existentes entre os EUA e essas potências, declarar que consideraríamos qualquer tentativa de sua parte de estender seu sistema a qualquer porção desse hemisfério como perigoso à nossa segurança e à paz”.

Até então, vigorava a doutrina do “Destino Manifesto”, pensamento que expressava a crença de que o povo dos EUA fora eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo seria apenas o cumprimento da vontade divina. Os defensores do Destino Manifesto acreditavam que expansão não só era boa, mas também inevitável (“destino”) e óbvia (“manifesto”). Originalmente usada como um slogan político do século XIX, o Destino Manifesto tornou-se um termo histórico padrão, frequentemente usado como sinônimo para a expansão territorial dos EUA pela América do Norte e pelo Oceano Pacífico.

A ideologia do Destino Manifesto foi usada explicitamente como justificativa para o expansionismo norte-americano: compra do Alasca e anexação de grande parte do território então pertencente ao México. O uso formal destas doutrina deixou de ser feito oficialmente desde a década de 1850 até o final da década de 1880, quando foi então revivida e voltou a ser usada como justificativa para o expansionismo norte-americano, desta vez fora das Américas. Mais tarde, o Destino Manifesto deixou de ser utilizado pela mídia e por políticos em geral, embora alguns especialistas acreditem que certos aspectos tenham, desde então, influenciado muito as ideologias e doutrinas imperialistas norte-americanas até os dias atuais.

Sucessores de Monroe, entre eles os presidentes James Polk e Theodore Roosevelt, valeram-se da Doutrina Monroe para justificar a anexação de novos territórios aos EUA. Polk tomou vastas extensões do México na guerra mexicano-americana de 1846-48. Roosevelt adaptou a filosofia de Monroe após a vitória militar sobre a Espanha para fincar posições na América Central, nas Filipinas e tentar anexar Cuba, Porto Rico e outras ilhas do Caribe.

Sintomaticamente, o presidente James Buchanan, no discurso de posse em 1857, deixou bem clara a determinação do domínio norte-americano: “A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até a América do Sul, é o destino de nossa raça (...) e nada pode detê-la”.

Wikimedia Commons
Presidente norte-americano James Monroe

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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