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História

Hoje na História: 1961 - Morre o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung

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Fundador da escola de Psicologia Analítica, entre suas principais contribuições está o estudo dos signos que compõem o repertório mitológico humano

Max Altman

2012-06-06T11:00:00.000Z

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Atualizada em 06/06/2016 às 0h07

No dia 6 de junho de 1961, morre aos 85 anos Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço e fundador da escola de Psicologia Analítica. Propôs e desenvolveu os conceitos da personalidade extrovertida e introvertida, os arquétipos e o inconsciente coletivo.

A problemática com a qual trabalhava veio de suas experiências pessoais. Durante vários anos, Jung teve a impressão de possuir duas personalidades, uma introvertida e outra extrovertida. Resultou dessa interação o estudo da integração e da integralidade. Sua obra teve forte influência não somente na psicologia, mas também na religião e na literatura.

Nasceu em 26 de julho de 1875 em Kesswil, Suíça. Tinha o hábito de observar seus pais e professores e de tentar compreender seus comportamentos. Antes de decidir pela medicina, estudou biologia, zoologia, paleontologia e arqueologia. Sua curiosidade avançou pela filosofia, pela mitologia, pela literatura cristã antiga e por temas religiosos.

Wikimedia Commons

Carl Gustav Jung

Após deixar a Basileia, tornou-se assistente na clínica psiquiátrica Burgholzli, em Zurique. Em 1902, obtém o doutorado na universidade local. Sua tese se intitulava "A Propósito da Psicologia e Patologia dos Fenômenos Ditos Ocultos". Nesta obra, um dos seus conceitos básicos é ressaltado: a integralidade subjacente da psique.

Em 1904 estudou a associação de palavras entre os pacientes. Encontra grupos de conteúdo psíquico reprimido para os quais inventou um termo até hoje célebre: “complexo”. Essa pesquisa se aproxima dos trabalhos de Sigmund Freud, tanto que, entre 1907 e 1912, chegou a trabalhar ao lado do pai da psicanálise.

Muitos acreditaram que Jung continuaria a linha psicanalítica de Freud, o que não ocorreu. Diferenças de temperamento e a relevância da sexualidade na vida humana os separaram. Jung contestava os princípios analíticos de Freud que, segundo ele, eram pouco objetivos, demasiado concretos e personalistas. A relação foi rompida para sempre quando Jung publicou Psicologia e o Inconsciente, volume que trazia argumentos contrários a diversas idéias de Freud.
 

Em 1912, com Símbolos e Transformações da Libido, procurava compreender o significado simbólico do conteúdo do inconsciente. Para tentar distinguir psicologia individual e psicanálise, Jung intitulou sua disciplina de Psicologia Analítica. A obra Tipos Psicológicos, escrita durante a Primeira Guerra Mundial, cristaliza as diferenças entre suas posições e as de Freud. Torna-se mais interessado no estudo do simbolismo mitológico e religioso. Daí o porquê de seus estudos o levarem ao redor do mundo para observar culturas distintas.

Estava interessado em encontrar analogias entre o conteúdo do inconsciente do homem ocidental e os mitos, cultos e rituais dos povos primitivos. A terapia junguiana trata de sonhos e fantasmas. A discussão é levantada entre o consciente e os conteúdos do inconsciente. Quando a terapia funciona, o paciente entra num processo de individuação, transformação psicológica que leva ao trabalho conjunto de duas tendências opostas para atingir a integralidade pessoal ou a totalidade psíquica.

Jung acreditava que a criação de símbolos era uma chave para a compreensão da natureza humana. O símbolo seria a melhor expressão possível daquilo que é essencialmente desconhecido. Queria investigar a semelhança entre os símbolos que constituem os mais diferentes sistemas religiosos, mitológicos e mágicos. Sugeriu a existência de duas camadas da psique inconsciente: a primeira seria o inconsciente individual, que a pessoa adquire ao longo de sua vida, mas que é esquecida ou reprimida; a segunda é o inconsciente coletivo que contém traços de memória comum a todo o gênero humano.

Essas experiências formam os arquétipos, predisposições inatas para viver e simbolizar contextos. Há diversos arquétipos como o fato de ter pais, encontrar marido ou mulher, ter filhos e confrontar a morte. Arquétipos mais complexos estão presentes em todos os sistemas religiosos e mitológicos.

Já no fim da vida, Jung acrescentou que as camadas mais profundas do inconsciente funcionam independentemente das leis do espaço, tempo e causalidade, o que abria espaço para os fenômenos paranormais. O introvertido e o extrovertido são os componentes principais para Jung. O introvertido é silencioso, apagado e interessado mais pelas ideias que pelas pessoas. Por sua vez, o extrovertido é aberto e orientado pelo que é social. Para Jung, uma pessoa que tenha personalidade sã consegue viver essas tendências opostas.



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Política e Economia

Economia e ecologia: os dois principais desafios do segundo mandato de Macron

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Novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-05-28T17:06:00.000Z

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Menos de uma semana após o anúncio do novo governo francês, as principais revistas do país enumeram os desafios que esperam a equipe da primeira-ministra Élisabeth Borne. Além das questões econômicas, apresentadas como prioridade diante de uma crise de poder aquisitivo que irrita a população, essa nova gestão também promete ser marcada por pautas ambientais, mobilizando vários membros do governo. 

Com a manchete “A grande crise econômica que nos ameaça”, Le Point dá o tom do que espera o governo francês. A revista semanal traz uma grande reportagem sobre o tema da inflação e da recessão que atingem boa parte do mundo e tenta explicar o impacto desse panorama nada otimista na França.

“Nós pensávamos que 2022 seria uma continuidade de 2021, ano da retomada econômica, com um crescimento de 7% no país”, resume o texto. Mas isso foi sem contar com os aspectos geopolíticos que estremeceram um contexto menos estável do que parecia. “A guerra na Ucrânia e as sanções econômicas contra a Rússia jogaram óleo quente em um fogo que estava calmo. De uma hora para outra, os preços das matérias-primas, da energia e os alimentos se inflamaram”, aponta Le Point.

Diante desse panorama, o novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado. “Élisabeth Borne vai precisar de toda a sua experiência com ex-ministra do Trabalho para navegar nas águas turvas da economia francesa”, anuncia a reportagem.

Reprodução/ @EmmanuelMacron
Após reeleição, Macron anunciou um novo governo na França

Além disso, como aponta a revista L’Express, esse novo governo ainda tem pela frente o desafio de provar que pode melhorar a economia do país e ser ecológico ao mesmo tempo. Para isso, não apenas uma, mas duas ministras vão concentrar seus esforços nas questões ambientais: Amélie de Montchalin, que assumiu a pasta da Transição Ecológica e da Planificação dos territórios, e Agnès Pannier Runacher, com à frente da Transição Energética. Para completar, a própria primeira-ministra vai dirigir o que Macron batizou de Planificação ecológica.

No entanto, nenhuma das três tem experiência concreta em assuntos ecológicos e as duas ministras tem um perfil claramente “liberal e pragmático”, o que preocupa algumas ONGs ambientais. A revista L’Obs, que também traz uma grande reportagem sobre os desafios ecológicos do segundo mandato de Macron, vai além e diz que as duas ministras, que têm um “pró-business”, nunca tiveram nenhum tipo de engajamento ambiental em suas carreiras.

Mas L’Obs lembra que mesmo se em seu discurso de vitória Macron prometeu transformar a França em uma “grande nação ecológica, o próprio chefe de Estado, durante sua primeira gestão, não esbanjou declarações ecológicas. A revista, que não cita as alfinetadas dadas pelo líder francês no presidente brasileiro Jair Bolsonaro, criticando a gestão na proteção da Amazônia, afirma que boa parte das promessas feitas por Macron sobre o meio ambiente durante seu o primeiro mandato não tiveram grandes resultados concretos.

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