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História

Hoje na História: 1884 – Morre Gregor Mendel, monge agostiniano e descobridor da genética

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Na época em que viveu, ele ficou mais conhecido por seus conhecimentos em meteorologia

Max Altman

2013-01-06T10:20:00.000Z

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Johann Gregor Mendel, monge do Mosteiro de Brno e botânico austríaco, geralmente reconhecido como o pai da genética, morre em 6 de janeiro de 1884 depois de sofrer longamente de uma provável insuficiência renal.

Wikicommons
Mendel criou o que hoje é conhecido como as Leis de Mendel, que definem a maneira em que os genes se transmitem de geração em geração.

Nasceu em 20 de julho de 1822 em Heinzendorf, então território do Império da Áustria, em uma família de camponeses. Dotado para a área acadêmica, porém de tendência depressiva, o jovem Mendel é notado pelo padre da aldeia que decide enviá-lo para longe de casa a fim de prosseguir nos estudos.

Em 1840, ingressa no Instituto de Filosofia de Olomouc para cursar dois anos preparatórios para a entrada na universidade. Em setembro de 1843, Mendel é recebido para o noviciado do Mosteiro de Brno, na República Tcheca, quando adota o prenome de Gregor. Seria ordenado padre em 1847.

O mosteiro era dirigido por Cyrill Napp, um prelado aberto às ciências, e comportava uma boa biblioteca e um jardim botânico. Dedica todo o seu tempo livre ao estudo das ciências naturais. Paralelamente ministra aulas de ciências nos colégios da redondeza.

Mendel parte em 1851 para cursar o Instituto de Física de Christian Doppler. Estuda, além das matérias obrigatórias, botânica, fisiologia vegetal, entomologia e paleontologia. Adquire todas as bases metodológicas que lhe permitiriam realizar mais tarde suas experiências. Por ocasião de sua estada em Viena, é levado a conhecer as teorias de Franz Unger, professor de fisiologia vegetal, quem buscava entender a aparição de caracteres novos nos vegetais no curso de gerações sucessivas. Esperava assim resolver o problema da hibridação entre os vegetais.

De volta ao mosteiro, Mendel instala um jardim experimental e elabora um plano de experiências visando compreender as leis da origem e da formação dos híbridos. Escolheu para tanto a ervilha, que tinha a vantagem de ser facilmente cultivada com numerosas variedades descritas.

Em 1863, uma epidemia devasta suas culturas e Mendel se volta para outras espécies. Em 1865, expõe seus trabalhos diante da Sociedade de Ciências Naturais de Brno e publica em 1866 os resultados de seus estudos em um artigo intitulado “Pesquisas sobre os Híbridos Vegetais”.

Após 10 anos de trabalhos minuciosos, Mendel estabelece as bases teóricas da genética e da hereditariedade moderna. Sua teoria não suscitou entusiasmo entre os cientistas contemporâneos, que mal compreenderam a formulação matemática de suas experiências. Um dos raros cientistas a lhe dar atenção, Karl von Nägeli, professor de botânica em Munique, escreveu-lhe, duvidando de algumas de suas conclusões.

Em 1868, com a morte do abade Napp, Meldel é eleito superior de seu convento. Absorvido pelos novos deveres, abandona as pesquisas sobre a hibridação dos vegetais. Investe em outros campos mais compatíveis com suas obrigações, notadamente a horticultura e a apicultura.

Apaixona-se igualmente pela meteorologia, que passaria a ser a disciplina que mais longamente estudou, de 1856 até sua morte, em 1884. Seria, aliás, mais conhecido à época pelos aportes a essa matéria que pela sua contribuição à nascente genética.

O conjunto de seus arquivos foi queimado pelo abade Anselm Rambousek, sucessor de Mendel no mosteiro, poucos dias após a sua morte.

Mendel era contemporâneo de Charles Darwin. O naturalista britânico, que tomou conhecimento dos trabalhos de Mendel, não lhe deu qualquer atenção. Desse modo, as duas teorias, a da evolução das espécies e a da genética, que poderiam se completar e se enriquecer mutuamente, coexistiram separadamente por décadas.

Mendel terminou os seus dias em meio à indiferença completa de seus contemporâneos.

No começo do século 20, o holandês Hugo de Vries, o alemão Carl Correns e o austríaco Erich von Tschermak redescobriram de modo independente as leis da hereditariedade e reconheceram em Mendel seu descobridor. 



Também nesta data:
1930 – Stalin põe fim à Nova Política Econômica inaugurada por Lenin 9 anos antes
1887 – surge o personagem Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle
1838 – Samuel Morse demonstra o telégrafo

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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