Bertrand Arthur William Russell, 3º conde de Russell, filósofo, matemático, lógico e escritor britânico, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura e conhecido por sua influência na filosofia analítica, morre em Penrhyndeudraeth, em 2 de fevereiro de 1970. Contraiu matrimônio quatro vezes e teve três filhos.
Nascido em 18 de maio de 1872, em Trelleck, País de Gales, órfão aos 3 anos, foi educado pelos avós e por tutores num ambiente vitoriano. Cursou estudos no Trinity College de Cambridge, graduando-se em 1894.
Influenciado em sua primeira juventude pelos hegelianos britânicos, abandonou o idealismo em 1898 em favor de uma sorte de “realismo platônico”. Foi membro do conselho de governo do Trinity College. Alcançou a fama com Princípios de Matemáticas (1902), em que tentou trasladar as matemáticas para a área da filosofia lógica e dotá-las de um marco científico preciso.
Manteve colaboração durante 8 anos com o filósofo e matemático britânico Alfred North Whitehead, com a finalidade de elaborar a monumental obra Principia Mathematica em 3 volumes, em que se demonstrava que esta matéria pode ser exposta em termos conceituais da lógica geral.
Sua seguinte obra magna foi “Os Problemas da Filosofia” (1912), na qual recorreu às matemáticas, à sociologia, à psicologia e à física para refutar as doutrinas do idealismo, a escola dominante nessa época, que defendia que todos os objetos e experiências são fruto do intelecto.
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Autor de “Os Problemas da Filosofia” (1912), prêmio Novel de Literatura Bertrand Arthur William Russel morreu no dia 2 de fevereiro de 1970
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Desde o início da Primeira Guerra Mundial mostrou seu desacordo e foi preso por defender os objetores de consciência e por seus duros ataques ao belicismo, uma atitude pacifista que manteve durante toda a vida. Durante sua permanência na prisão escreveu “Introdução à Filosofia Matemática” (1919), em que combina as duas áreas do saber que considerava inseparáveis.
Quando terminou a guerra, visitou a União Soviética e em seu livro “Prática e Teoria do Bolchevismo” (1920) mostrou seu desacordo com a forma com que ali se levava a cabo o socialismo. Não estava de acordo com os métodos utilizados para atingir um sistema comunista.
Entre 1921 e 1922 trabalhou como professor da Universidade de Pequim, China. Regressando a seu país, dirigiu de 1928 a 1932 a Beacon Hill School, escola privada e bastante progressista onde eram aplicados métodos inovadores no ensino das crianças.
Desde 1938 até 1944, continuou ministrando aulas em várias instituições dos Estados Unidos. Ali escreveu a “História da Filosofia Ocidental” (1945). A Corte Suprema de Nova York proibiu-o de dar aulas em colégios desta cidade porque considerou seus ataques à religião e sua defesa da liberdade sexual prejudicial à formação dos jovens.
Em 1944 voltou à Inglaterra, onde foi restituído em seu posto no Trinity College. Teve de abandonar o pacifismo para apoiar a causa aliada na Segunda Guerra Mundial, porém foi um ardoroso e ativo detrator das armas nucleares.
Em 1949 o rei Jorge VI lhe concedeu a Ordem ao Mérito. Em 1950 foi galardoado com o Prêmio Nobel de Literatura.
Também nesta data:
1907 – Morre o químico russo Dmitri Mendeleev, criador da tabela periódica
1990 – Willem de Klerk cancela proibição ao CNA, partido de Mandela
1996 – Morre aos 83 anos o ícone do cinema Gene Kelly
*Max Altman (1937-2016), advogado e jornalista, foi titular da coluna Hoje na História da fundação do site, em 2008, até o final de 2014, tendo escrito a maior parte dos textos publicados na seção. Entre 2014 e 2016, escreveu séries especiais e manteve o blog Sueltos em Opera Mundi.