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História

Hoje na História: 1971 - Margareth Thatcher corta fornecimento de leite para crianças

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Thatcher passou a ser conhecida, após a decisão, como "sequestradora do leite infantil"

Max Altman

2014-06-15T10:00:00.000Z

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Atualizada em 13/06/2018, às 18h18

Uma decisão votada no Parlamento inglês em 15 de junho de 1971 indicou o crescimento da oposição aos planos de Margareth Thatcher de cortar o fornecimento de leite para as crianças  acima de 7 anos em todas as escolas públicas primárias em toda a Grã Bretanha.

O decreto da primeira ministra passou com a votação apertada de 281 a 248 votos, uma estreita margem de 33 votos.

Os conservadores tinham emitido um alerta para que as autoridades locais não fossem adiante com qualquer medida que contrariasse a lei deliberadamente. Alguns conselhos municipais dominados pelos trabalhistas ameaçaram desrespeitar a lei, continuando a fornecer o leite para as crianças.

Wikicommons

Após cortar parte do fornecimento de leite, Margareth Thatcher ganha o apelido de “Thatcher sequestradora do leite infantil”


Porém a primeira ministra Thatcher afirmou que o fim do fornecimento gratuito de leite para as crianças com exceção do jardim de infância e pre-primário iria liberar mais recursos para serem aplicados em outras áreas da educação como, por exemplo, novas edificações.

O custo do fornecimento gratuito de leite para as escolas primárias custava 14 milhões de libras esterlinas por ano, duas vezes mais do que se gastava no fornecimento de livros escolares. Em um ano, a economia para os cofres públicos com a suspensão do leite seria de 9 milhões de libras esterlinas.

Disse ainda a primeira ministra que o Ministro da Saúde havia sido consultado sobre o plano e ele informou que não seria possível predizer que a retirada do leite iria prejudicar a dieta das crianças e sua saúde em geral, mas que o governo estaria atento às consequências e se necessário voltaria atrás.

O porta-voz trabalhista da bancada trabalhista no Parlamento atacou a proposta dos conservadores, declarando que era a coisa mais miserável que havia visto em 20 anos de mandato na Câmara dos Comuns.

Wikicommons

Crianças recebendo leite nas escolas. Alguns municipios ameaçaram desrespeitar a lei, continuando a fornecer o leite para as crianças.


O Partido Trabalhista estimou que o número de crianças a receber o leite gratuitamente iria cair de 5 milhões para cerca de 2 milhões. Ressalte-se que o próprio governo trabalhista do primeiro ministro Harold Wilson interrompera o fornecimento de leite para os alunos do ensino secundário em 1968.

A decisão de Margaret Thatcher de acabar com o leite gratuito para as crianças maiores de 7 anos fê-la ganhar o apelido de “Thatcher, Thatcher sequestradora do leite infantil” A situação econômica da Grã Bretanha era sombria quando Edward Heath retornou ao poder em 1970 e os ‘tories’ decidiram de tomar algumas medidas drásticas.  E o corte de despesas mais infame de todos foi o de encerrar o fornecimento de leite para as crianças do ensino primário.

Documentos revelados após os 30 anos previtos em lei mostraram que Thatcher havia considerado outras diversas opções como taxar o empréstimo de livros de bibliotecas, aumento do preço para os pais das refeições escolares e taxa de ingresso nos museus.

 

Todavia, julgou que a supressão do leite gratuito para todas as crianças, do jardim de infância ao primário, provocaria um “amplo e forte antagonismo público”.

No total, o pacote de cortes de despesas alcançou 200 milhões de libras esterlinas que foi aprovado em setembro de 1971, incluindo-se aí a supressão do leite e o aumento dos preços das refeições escolares.

Em 1985, a Universidade de Oxford recusou conceder a Margaret Thatcher uma honraria em protesto contra seus cortes nos fundos para a educação.

Também nesta data:

1844 - Charles Goodyear recebe patente da vulcanização da borracha
1215 - Magna Carta é promulgada na Inglaterra
1996 - Morre Ella Fitzgerald, maior ícone da música popular norte-americana
1977 - Espanha realiza primeiras eleições pós-Franco

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Política e Economia

Reino Unido vai taxar gigantes da energia para combater inflação e beneficiar pobres

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Pacote de £ 15 bilhões (cerca de R$ 90 bilhões), em parte financiado por imposto sobre setor energético, visa combater alto custo de vida

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-05-27T13:23:58.000Z

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O ministro britânico da Economia, Rishi Sunak, revelou nesta quinta-feira (26/05) um novo pacote de £ 15 bilhões (cerca de R$ 90 bilhões) para promover medidas de enfrentamento ao impacto do custo de vida nos lares mais pobres do Reino Unido, ajuda que deve ser financiada em parte por um imposto único sobre o setor energético. 

Com o pacote, a população mais pobre da Grã-Bretanha "sentirá menos esse peso (da inflação)", disse o ministro ao Parlamento Britânico.

De acordo com uma declaração do Tesouro, "quase um em cada oito dos lares mais vulneráveis do Reino Unido receberá pelo menos £ 1.200 este ano, incluindo um pagamento único de uma subvenção ao custo de vida no valor de £ 650, um aumento de £ 400 no Crédito Universal e uma duplicação do desconto de energia" para outubro, quando o preço será significativamente aumentado.

Transição para energia com baixo teor de carbono

No total, com as medidas no valor de £ 22 bilhões já anunciadas, o custo de vida total de apoio às famílias de baixa renda atingirá £ 37 bilhões este ano", disse o Tesouro.

Wikicommons
Pacote de £ 15 bilhões (cerca de R$ 90 bilhões), em parte financiado por imposto sobre setor energético, visa combater alto custo de vida

Estas medidas serão financiadas por um "imposto temporário de 25% sobre os lucros energéticos das empresas de petróleo e gás, refletindo seus lucros extraordinários" desde a invasão russa da guerra na Ucrânia, o que agravou o aumento dos preços do petróleo, diz a declaração oficial.

No entanto, o documento afirma que, para "incentivar o investimento, o novo imposto incluirá um generoso subsídio de investimento de 80% [ao setor]" para estimular a transição para a energia de baixo carbono.

A oposição trabalhista no Parlamento zombou nesta quinta-feira da aparente reviravolta, após meses de persistente recusa do governo conservador de Boris Johnson em introduzir tal imposto, por medo de desencorajar o investimento na transição para a neutralidade de carbono e segurança energética, ecoando os argumentos dos gigantes da indústria.

A inflação no Reino Unido atingiu 9% em abril, a maior alta em 40 anos. A autoridade britânica de energia Ofgem advertiu na terça-feira que o preço máximo da energia poderia subir mais de 40% em outubro, ou seja, mais de £ 800 por ano por residência.

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