A máquina de composição de tipos de chumbo do imigrante alemão Ottmar Mergenthaler, inventada no ano de 1886, em Baltimore, nos EUA, alcançou enorme sucesso. Com uma máquina de composição da marca Linotype, equipada com chumbo em ponto líquido, era possível compor uma linha inteira de texto. Esta linha, assim que batida no teclado da máquina, era logo fundida.
Com a mecanização, a produtividade do processo de composição aumentou: um operador de linotipo podia compor o equivalente à produção de sete ou oito compositores manuais.
O linotipo dava melhor desempenho na composição acelerada de jornais. A Monotype, outra máquina de sucesso, era mais adequada para a composição de livros. Quando Mergenthaler analisou o resultado de um dos primeiros testes da sua Satzmaschine, teria exclamado: “A line of type!”
Isto aconteceu em 1886 na sala de máquinas do jornal The New York Times. Mergenthaler viu na frase espontânea um ótimo nome para uma empresa. E com a marca Mergenthaler Linotype começou em Nova York a produção em série da máquina inventada por ele.
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O linotipo dava melhor desempenho na composição acelerada de jornais
Vida
Ottmar Mergenthaler nasceu na aldeia de Ensingen, Alemanha, em 11 de maio de 1854. Queria ser engenheiro, mas foi ser aprendiz de relojoeiro, e com 14 anos, já era um perito na profissão.
Teria completado os quatro anos de aprendizado, não fosse a inquietação política da Alemanha em 1871, logo após a guerra Franco-Prussiana.
Sabendo que dentro de um ano seria convocado para o serviço militar, pediu permissão e viajou para os Estados Unidos em 26 de outubro de 1872, onde um primo seu, August Hahl, que também havia financiado a sua viagem, possuía uma loja que fabricava instrumentos de precisão e, aos 17 anos, Mergenthaler tornou-se seus assistente.
Também nesta data:
1884 – Morre Bedrich Smetana, compositor e regente tcheco
1926 – Marechal Joszef Pilsudski derruba governo democrático da jovem Polônia
1949 – Após 11 meses, é encerrado o bloqueio de Berlim
(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.