Atualizada em 03/12/2018 às 10:50
Em 3 de novembro de 1941, a esquadra japonesa aeronaval recebeu a Ordem Ultra-Secreta nº 1: dentro de 34 dias, a base de Pearl Harbor deve ser bombardeada, assim como a Malásia, as Índias Orientais holandesas e as Filipinas.
As relações entre os Estados Unidos e o Japão vinham se deteriorando rapidamente desde a ocupação da Indochina pelos japoneses em 1940 e a implícita ameaça às Filipinas, então um protetorado norte-americano, com a ocupação da base naval de Cam Ranh distante apenas 13 quilômetros de Manila.
A retaliação de Washington incluía o sequestro de todos os ativos japoneses nos EUA e o fechamento do Canal do Panamá para os navios de bandeira japonesa. Em setembro de 1941, Roosevelt emitiu uma declaração, preparada com a colaboração do primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, em que ameaçava declarar Guerra ao Japão caso Tóquio invadisse qualquer outro território no Sudeste da Ásia ou no Pacífico Sul.
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Retaliação de Washington incluía o sequestro de todos os ativos japoneses nos EUA e o fechamento do Canal do Panamá
Há muito tempo os militares japoneses vinham comandando os negócios estrangeiros do país. Apesar das negociações entre o Secretário de Estado norte-americano e seu colega japonês para aliviar as tensões, Hideki Tojo, ministro da Guerra, que logo em seguida seria guindado pelo imperador Hiroito ao posto de primeiro-ministro, manifestava publicamente não ter intenções de se retirar dos territórios ocupados. Chegou também a considerar a declaração do presidente Roosevelt de ameaçar ir à guerra como um ultimato para preparar e desencadear o primeiro ataque no confronto nipo-americano que se avizinhava: o bombardeio à base aeronaval norte-americana no Pacífico, Pearl Harbor.
Desse modo, Tóquio soltou a ordem secreta a todos os comandantes de esquadra pertinentes de que não só os EUA e seu protetorado, as Filipinas, mas também as colônias britânicas e holandesas no Pacífico, deveriam ser atacadas.
Com essa decisão, o império nipônico trouxe oficialmente para a Segunda Guerra Mundial naquela área do globo os EUA, que até então vinham se mantendo afastados militarmente da conflagração mundial até mesmo do teatro de operações da Europa e África.