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História

Hoje na História: 1981 - Viúva de Mao Tsé-tung é sentenciada à morte

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Jiang Qing foi sentenciada por 'crimes contra-revolucionários' durante Revolução Cultural

Max Altman

2011-01-25T10:00:00.000Z

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Atualizada em 25/01/2016

Jiang Qing, a viúva do líder chinês Mao Tsé-tung, é sentenciada à morte em 25 de janeiro de 1981 por seus “crimes contra-revolucionários” durante a Revolução Cultural.

Originalmente uma atriz do teatro e do cinema da China, seu casamento com Mao em 1939 foi amplamente criticado, pois sua segunda mulher, Ho Zizhen, era uma celebrada veterana da Longa Marcha de quem Mao se divorciou enquanto ela permanecia definhando em um hospital de Moscou. Sua primeira mulher, Yang Kaihui, foi assassinada pelos nacionalistas durante a Guerra Civil Chinesa.

Wikicommons

Jiang Qing em fotografia tirada entre 1940 e 1941

Jiang Qing foi obrigada a permanecer afastada da política, mas ela obedeceu a ordem somente até os anos 1960, quando começou a criticar abertamente a tradicional ópera chinesa e a influência burguesa na literatura e nas artes chinesas.

Em 1966, Mao fez dela a principal responsável pela condução da Revolução Cultural, conferindo-lhe poderes extraodinários sobre a vida cultural e intelectual da China. A revolução constitui-se numa tentativa de Mao de revolucionar a sociedade chinesa e Jiang demonstrou sua habilidade em manipular a mídia e os jovens radicais, conhecidos como a Guarda Vermelha. O movimento foi caracterizado pelo terror e expurgos em que dezenas de milhares foram mortos e milhões tiveram a sua vida e profissão violentadas.

No final dos anos 1960, a Revolução Cultural sofre visível declínio e Jiang some aos olhos do público. Contudo, após a morte de seu marido em 1976, ela e três outros radicais que chegaram ao poder com a revolução foram alcunhados como a “Gangue dos Quatro”.

Jiang foi presa e em 1977, expulsa do Partido Comunista. Três anos depois, a “Gangue dos Quatro” foi levada a julgamento. Jiang foi considerada responsável por provocar terrível perturbação e enorme banho de sangue na revolução. Ela negou veementemente as acusações, denunciando os líderes chineses de então. Foi julgada culpada e condenada à pena de morte.

Em 25 de janeiro de 1983, exatamente dois anos após ter sido condenada, o governo chinês comutou sua pena para prisão perpétua. Em 1991, morreu na prisão aparentemente se suicidar.

Outros fatos marcantes da data:
1077 - Imperador Henri IV ajoelha-se aos pés do papa Gregório VI
1924 - É realizada a primeira edição das Olimpíadas de Inverno em Chamonix
1947 - Gangster norte-americano Al Capone morre aos 48 anos

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Hoje na História

Hoje na História: 1920 - Império Otomano e nações aliadas da Primeira Guerra Mundial assinam tratado de paz

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O Tratado de Sévres pôs fim ao Império Otomano. Duro demais e impraticável, o documento despertou a ação dos nacionalistas turcos que se negaram a aceitá-lo, defendendo a independência turca

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2022-08-10T14:15:00.000Z

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O Império Otomano, aliado da Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, assina em 10 de agosto de 1920 a paz em Sèvres (Hauts-de-Seine). Os Aliados impõem um desmembramento do Império Otomano, cujo território fica reduzido à Anatólia, ou península anatoliana, uma região do extremo oeste da Ásia que corresponde hoje à porção asiática da Turquia, em oposição à porção européia, a Trácia.

A Grécia ontem a costa do mar Egeu, a Armênia e o Curdistão obtêm o direito à independência e as províncias árabes são colocadas sob mandatos britânicos e franceses. Os nacionalistas turcos, comandados por Mustafá Kemal Ataturk, rejeitariam esse tratado. O tratado seria revisto em Lausanne (Suíça) em 1923.

O período final do Império Otomano aconteceu durante a Segunda Era Constitucional do Império Otomano. Durante a Primeira Guerra Mundial, na região do Oriente Médio, a batalha aconteceu entre as Forças Aliadas, formadas pela Grã Bretanha, França e Rússia e as Forças Centrais, formada basicamente pelo Império Otomano.

O Império Otomano foi bem-sucedido no início da guerra. Os Aliados foram derrotados nas batalhas de Galipoli, Iraque e Bálcãs. No entanto, alguns territórios anteriormente perdidos foram reconquistados. A Revolução Russa também foi um fator favorável para a reconquista de territórios Otomanos, como Trabzon e Erzurum. As ofensivas incessantes dos ingleses mostraram-se decisivas e o Império Otomano acabou sendo derrotado em 1917.

As tropas aliadas vitoriosas, lideradas pelo general inglês Edmund Allenby, com apoio das revoltas árabes e assistência da recém declarada República da Armênia, anexaram territórios otomanos.

O Tratado de Sévres pôs fim ao Império Otomano. Este tratado mostrou-se duro demais e impraticável, o que despertou a ação dos nacionalistas turcos que se negaram a aceitá-lo, passando a defender a independência da Turquia. Em resposta a tal partilha surge a figura do mito nacional Mustafa Kemal Pasha, logo renomeado Ataturk (Pai dos Turcos), mobilizando o nacionalismo turco e reorganizando parte do extinto exército otomano na Anatólia.

Wikimedia Commons/Cumhuriyet
Os quatro signatários do Tratado de Sévres, que entrou na história ao por um fim ao Império Otomano, em 1920

Vitorioso na luta da independência, que resultou na expulsão das forças aliadas, Ataturk funda a República da Turquia em 1922, tornando-se seu primeiro presidente. Muda o nome de Constantinopla para Istambul e transfere a capital para Ancara, no centro do país, além de extinguir os vestígios do sultanato otomano ao exilar o último sultão.

O tratado de Lausanne de 1923 reconheceu a Turquia em suas atuais fronteiras. Ataturk implantou reformas radicais no país: tornou a Turquia um país secular; unificou o sistema educacional e fez com que o turco passasse a ser ensinado no alfabeto latino em vez do persa-árabe, com o intuito de se alfabetizar a maioria da população; baniu o uso do véu feminino nas universidades e em locais públicos e concedeu às mulheres direitos civis iguais aos homens; aboliu os trajes típicos que expressavam a hierarquia religiosa e social dos cidadãos.

Para Ataturk, o fato de a Europa cristã ter tido sua super-estrutura (leis, escolas, comércio) drasticamente alterada por eventos como o Renascimento, o Iluminismo e a Revolução Francesa estabeleceu a diferença com o mundo islâmico, que preservara suas próprias estruturas em que a religião ainda determinava o funcionamento da sociedade e se constituiu na causa real do fim do império otomano.

O fato de tais reformas terem ocorrido muito rapidamente e sem consultas maiores aos líderes das antigas estruturas causou e ainda causa certa tensão entre uma sociedade mais modernizada, visível nos grandes centros urbanos, e outra mais apegada aos antigos costumes, no interior e em povoados afastados, que não as absorveram por completo. 

Cerca de 85% dos atuais 70 milhões de habitantes do país são turcos étnicos, 97% islâmicos, sunitas em sua maioria. Quatro milhões e meio vivem na capital Ancara e cerca de 12 milhões, vivem no coração cultural e econômico do país, na área metropolitana de Istambul.

Cerca de 12 milhões de turcos vivem fora do país, 3 milhões só na Alemanha. Persistem ainda três fontes de tensões internacionais: o conflito com a Grécia pelo Chipre; as rebeliões da minoria curda (12 milhões) por autonomia no sudeste do país e o reconhecimento turco do genocídio Armênio ao fim da primeira guerra mundial, quando 1.5 milhão de Armênios, que chegaram a compor 25% da população otomana, foram massacrados ou deportados.

(*) A série Hoje na Hist´ória foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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