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Atualizado em 01/02/2018 às 15:30

Gene Kelly - WikicommonsMorre em 2 de fevereiro de 1996, aos 83 anos, o dançarino, ator e coreógrafo Gene Kelly, em sua casa de Beverly Hills, California. Nascido em Pittsburgh, em 1912, Kelly graduou-se em economia na Universidade de Pittsburgh durante a Grande Depressão. Com a falta de emprego, trabalhou numa escola de dança parcialmente de propriedade de sua mãe, que havia insistido que todos os cinco filhos tivessem aulas de música e dança durante a infância. À parte, montou números de dança com seu irmão Fred, apresentando-se em clubes noturnos e teatros de vaudeville. Em 1938, Kelly decidiu tentar sua sorte em Nova York. Teve o seu primeiro trabalho na Broadway no corpo de baile de ‘Leave It to Me’, estrelado por Mary Martin.

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Na esteira de seu primeiro grande sucesso na Broadway em My Pal Joey, Kelly viajou para Hollywood, onde firmou um contrato exclusivo com o produtor David O. Selznick, que prontamente o recontratou a Metro-Goldwyn-Mayer, um estúdio conhecido à época por seus grandiosos musicais cinematográficos. A MGM incluiu Kelly em seu primeiro filme Idílio em Do-Ré-Mi (1942), co-estrelado por Judy Garland. Com o relativo êxito, resgatou seu contrato de Selznick.

Dois anos mais tarde, a MGM o emprestou à Columbia Pictures para coreografar e co-estrelar em Modelos (1944), tendo por parceira a então desconhecida Rita Hayworth. O filme foi seu primeiro grande sucesso e a primeira colaboração com o diretor e coreógrafo Stanley Donen. Modelos apresentou uma sequência inovadora na qual Kelly danças com seu “alter ego”, outra imagem dele mesmo filmada separadamente e combinada numa única fita de cinema.
 

Kelly protagonizou 'Um Americano em Paris', que conquistou oito Oscars; ele ganhou um Oscar especial em homenagem a sua 'extrema versatilidade'

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Kelly continuou seu progresso no mundo da dança no cinema com seu outro grande sucesso, Marujos do Amor (1945), contracenando com Frank Sinatra e dançando com o rato Jerry, da popularíssima série de desenho animado “Tom and Jerry”. A sequência de oito minutos custou à MGM 100 mil dólares da época e levou dois meses para ser filmada.

Após servir na Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, Kelly retornou às telas com O Pirata (1948), direção de Vincent Minnelli com Judy Garland. Fez também mais dois filmes com Frank Sinatra, inclusive o campeão de bilheteria Um Dia em Nova York, direção de Kelly, coreografado com Donen.

Premiações

Em 1951, Kelly protagonizou Um Americano em Paris, que conquistou oito Oscars, entre eles o de melhor filme. Kelly ganhou um Oscar especial em homenagem a sua “extrema versatilidade como ator, cantor, diretor e dançarino, mas em especial por suas brilhantes proezas na arte da coreografia”.

Kelly consolidou o status de ícone com o trabalho no último grande musical do cinema, Cantando na Chuva (1952), com coreografia de Kelly e Donen. O filme exibe uma das mais memoráveis cenas da história cinematográfica: Kelly, solitário, cantando e dançando na rua, debaixo de um aguaceiro, somente com um guarda-chuva como acessório