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Hoje na História

Hoje na História: 1911 - Thomas Mann concebe o romance 'Morte em Veneza'

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Romancista alemão utilizava de histórias bíblicas e germânicas, assim como ideias de Goethe, Nietzsche e Schopenauer

Max Altman

2022-05-25T16:15:00.000Z

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Em 25 de maio de 1911, Thomas Mann visita o Lido de Veneza, onde se inspira para escrever seu consagrado romance A morte em Veneza. Romancista alemão, contista, crítico social, ensaísta, filantropo e laureado em 1929 com o Prêmio Nobel de Literatura, Mann ficou conhecido por sua série de obras altamente simbólicas e irônicas e sua introspecção na psicologia do artista e do intelectual.

Sua análise da alma europeia e alemã utilizou histórias bíblicas e germânicas, assim como ideias de Goethe, Nietzsche e Schopenauer. Seu irmão mais velho era o escritor radical Heinrich Mann e três de seus seis filhos, Erika Mann, Klaus Mann e Golo Mann, também se tornaram importantes autores.

Mann nasceu na Alemanha em 1875. O pai morreu quando ele tinha 15 anos e a mãe decidiu mudar a família para Munique. Lá, além de trabalhar estudou Jornalismo. Em 1898, publicou sua primeira coleção de contos, seguida de seu romance de estreia, Buddenbrooks (1901).

Em 1912, é publicada Morte em Veneza, a história de um admirado escritor que decide permanecer em Veneza assolada pela cólera para se fixar num belo jovem que jamais havia encontrado. O livro aborda o dilema da posição do artista na sociedade. Em 1924, lançou sua aclamada obra A montanha mágica, a história de um jovem que visita um sanatório para tuberculosos, onde se depara com um microcosmo da sociedade.

Visão política

Durante a Primeira Guerra Mundial apoiou o conservadorismo do kaiser Guilherme II e atacou o liberalismo. Já em 1923, Mann conclamou os intelectuais alemães a apoiar a nova República de Weimar. Dali em diante, sua visão política caminhou gradualmente em direção à esquerda liberal.

Em 1930, Mann pronunciou uma conferência em Berlim intitulada “Um Apelo à Razão”, além de numerosos ensaios e conferências, em que denunciou vigorosamente o nacional-socialismo, encorajando a classe operária a resistir. Ao mesmo tempo manifestou crescente simpatia pelas ideias socialistas. Em1936, o governo nazista revogou sua cidadania. Quando Hitler chegou ao poder em 1933, Mann fugiu para a Suíça. Em 1939, resolveu emigrar para os Estados Unidos de onde regressou à Suíça em 1952.

Leia mais:
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Picryl
"Morte em Veneza", publicado em 1912, aborda o dilema da posição do artista na sociedade

 Nobel

O Prêmio Nobel de Literatura deveu-se principalmente ao reconhecimento popular de seu épico Buddenbrooks, baseado na própria família de Mann e relata o declínio da família de um rico comerciante de Lübeck ao longo de três gerações. No final da carreira, publicou outros romances, como Lotte em Weimar (1939), em que Mann retorna ao mundo de Goethe; Doutor Fausto (1947), a história do compositor Adrian Leverkühn e a degenerescência da cultura alemã nos anos anteriores e durante a guerra; e Confissões de Felix Krull (1954), inacabado quando da morte de Mann.

Os diários de Mann, inéditos até 1975, contam seus embates com a própria homossexualidade, que se encontra refletida em seus trabalhos. O livro de Gilbert Adair, O verdadeiro Tadzio (2001) descreve como, no verão de 1911, estando Mann hospedado no Grand Hotel des Bains no Lido de Veneza com sua mulher e irmão, ficou 'encantado' com a angelical figura de Moes, um garoto polonês de 11 anos. Mann foi também amigo do violinista e pintor Paul Ehrenberg a quem manifestou sentimentos quando jovem. Suas obras apresentam também outros temas sexuais, como o incesto em O sangue dos Walsungs e O santo pecador.

Em 1955, morre de aterosclerose num hospital de Zurique. Está enterrado em Kilchberg.

Outros fatos marcantes da data:
25/05/1908 - É inaugurado o Teatro Colón, em Buenos Aires
25/05/1977: Estreia o primeiro filme da saga "Guerra nas Estrelas"
25/05/1720 - um navio procedente da Síria leva a peste a Marselha, provocando dezenas de milhares de mortos

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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Hoje na História

Hoje na História: 1897 - lançado 'Drácula', de Bram Stoker

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Autor escreveu 17 romances; inicialmente vampiro Drácula se chamaria 'Conde Vampiro', mas foi alterado após Stoker ler um livro sobre Valáquia e Moldávia

Max Altman

2022-05-26T16:30:00.000Z

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Os primeiros exemplares do clássico e afamado romance de vampiros Drácula, de autoria do escritor irlandês Abraham ‘Bram’ Stoker, apareceram nas bancas das livrarias londrinas em 26 de maio de 1897.

Em meio a uma infância desvalida, Stoker cresceu para se tornar uma estrela da equipe de futebol do Trinity College, em Dublin. Após sua graduação, conseguiu um emprego de serviços gerais no Castelo de Dublin, onde trabalhou nos dez anos que se seguiram, época em que colaborou com o jornal Dublin Mail como crítico de teatro. No exercício dessa função, tornou-se amigo do respeitado ator Sir Henry Irving, que o contratou para ser seu empresário. Stoker permaneceu como agente do artista por mais de três décadas, respondendo por ele a volumosa correspondência de Irving e acompanhando-o em turnês pelos Estados Unidos. No curso desses anos, Stoker começou a escrever várias histórias de horror para distintas revistas e em 1890 publicou seu primeiro romance, The Snake's Pass.

Stoker publicaria um total de 17 romances, mas foi o seu romance Drácula, de 1897, que finalmente lhe trouxe fama literária, tornando-a conhecida como uma obra-prima da literatura de terror da Era Vitoriana. O livro tem a forma de um diário narrado pelos principais personagens: Jonathan Harker, que encontra o vampiro em seu castelo, sua noiva Mina, o médico John Seward e Lucy Westenra, vítima de Drácula transformada em vampira.

Liderados pelo médico holandês Van Helsing, Harker e seus amigos enfrentam e matam a terrível criatura. Drácula é a história de um vampiro que viaja da Transilvânia (uma região do Leste Europeu, hoje Romênia) a Yorkshire, na Inglaterra, e ali faz de inocentes suas presas para sugar-lhes o sangue de que precisa para sobreviver. De início, Stoker deu ao vampiro o nome de “Conde Vampiro”. O nome Drácula ele encontrou num livro sobre a Valáquia e a Moldávia escrito pelo diplomata aposentado William Wilkinson, que ele pegou emprestado de uma biblioteca pública de Yorkshire durante as férias de sua família.

Wikicommons
A "draculamania" cresceu vertiginosamente com o enorme sucesso do filme "O Conde Drácula"

Na trama da obra, a ciência mistura-se à ficção. Van Helsing, por exemplo, submete Lucy à transfusão sanguínea, para salvá-la do vampiro. Trata-se de uma novidade na época. Quando Drácula foi escrito, a Europa experimentava as primeiras transfusões. Stoker tinha dois irmãos médicos e conhecia os avanços da medicina de sua época, só não sabia das diferenças entre os grupos sanguíneos, que só seriam descobertas em 1900 pelo médico austríaco Karl Landsteiner. Por isso, Van Helsing fez transfusões preocupando-se apenas com a saúde do doador, sem pensar na incompatibilidade com o tipo sanguíneo de Lucy.

Vampiros, que abandonam seus túmulos à noite para beber o sangue de seres humanos, eram figuras populares em contos folclóricos de épocas passadas, porém o romance de Stoker catapultou-as para uma das correntes principais da literatura do século XX. Por ocasião de seu lançamento, Drácula gozou apenas de um moderado sucesso. 

As vendas começaram a crescer nos anos 1920, quando o romance foi adaptado para o teatro na Broadway. A "draculamania" cresceu vertiginosamente com o enorme sucesso do filme O Conde Drácula do estúdio Universal, em 1931, dirigido por Tod Browning e estrelado pelo ator húngaro Béla Lugosi. Dezenas de filmes, programas de televisão e literatura, tendo por tema vampiros, surgiram, embora Lugosi, com o seu exótico sotaque, permanece até hoje como a quintessência do Conde Drácula.

Também nesta data:
1755 - Contrabandista que desafiou absolutismo francês é executado
1797 – Gracchus Babeuf e Darthé são guilhotinados em Vendôme
1882 - Formada a Tríplice Aliança na Europa
1896 - Nicolau II da Rússia é coroado

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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