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Hoje na História

Hoje na História: 1983 - Carro-bomba mata 241 soldados e força saída dos EUA do Líbano

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Quatro meses depois dos atentados, as forças norte-americanas deixaram o Líbano sem ter retaliado

Max Altman

2011-10-23T10:30:00.000Z

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Em 23 de outubro de 1983, um terrorista suicida dirigindo um caminhão carregado com cerca de uma tonelada de explosivos invade um acampamento de fuzileiros navais dos Estados Unidos ao lado do Aeroporto Internacional de Beirute. A explosão matou 220 fuzileiros, 18 marinheiros e 3 soldados.

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Poucos minutos após esta explosão, um segundo terrorista-suicida invadiu o acampamento próximo de paraquedistas franceses, matando mais 58 soldados. Quatro meses depois dos atentados, as forças norte-americanas deixaram o Líbano sem ter retaliado.

Os fuzileiros navais em Beirute faziam parte de uma força de paz multinacional que tentava negociar uma trégua entre as facções cristã e muçulmana em guerra. Em 1981, tropas norte-americanas haviam supervisionado a retirada da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) de Beirute para depois elas próprias se retirarem. Retornaram no ano seguinte, depois que os aliados libaneses de Israel trucidaram cerca de 1.000 refugiados palestinos desarmados.

Mil e oitocentos soldados da Marinha estadunidense deslocaram-se para um velho acampamento do exército israelense perto do aeroporto – uma fortaleza de muros com 80 centímetros de espessura que, aparentemente, poderia resistir a qualquer ataque.

Mesmo depois de um atentado ter matado 46 pessoas na embaixada dos Estados Unidos em abril, as tropas norte-americanas mantiveram sua postura não-marcial: o alambrado perimetral relativamente sem vigilância reforçada e as armas das sentinelas descarregadas.

Perto das 06h20 da manhã de 23 de outubro, um caminhão Mercedes amarelo investe contra a cerca de arame farpado do acampamento norte-americano, derrubando na passagem duas guaritas. Dirige-se então para a área onde estavam montadas as barracas e explode. Testemunhas oculares disseram que a força da explosão fez toda a edificação voar pelos ares momentos antes de se espatifar no solo envolto numa nuvem de pó de concreto e de restos mortais.

Os investigadores do FBI afirmaram que foi a maior explosão não-nuclear desde a Segunda Guerra Mundial e certamente o mais poderoso carro-bomba jamais detonado. Após o atentado, o presidente Ronald Reagan expressou indignação pela “abominável ação” e prometeu que as forces norte-americanas permaneceriam em Beirute até poderem estabelecer uma paz duradoura.

Nesse meio tempo, arquitetou um plano para bombardear o campo de treinamento do Hezbolá em Baalbek, Líbano, de onde os agentes de inteligência da CIA imaginam ter planejado o ataque. Contudo, o Secretário de Defesa, Caspar Weinberger, abortou a missão, presumivelmente por não querer azedar as relações com os países árabes produtores de petróleo. No mês de fevereiro subsequente, as tropas de Washington reetiraram-se todas do Líbano.

O primeiro verdadeiro carro-bomba, na verdade carroça-bomba puxada a cavalo, explodiu em 16 de setembro de 1920 nas aforas dos escritórios da Companhia J.P. Morgan no distrito financeiro de Nova York. O anarquista italiano Mario Buda levou-a até ali na esperança de matar o próprio Morgan. Acontece que o magnata estava fora da cidade, mas 40 outras pessoas morreram e cerca de 200 ficaram feridas na explosão. Após este, aconteceram esporádicas explosões com carros-bombas, os mais notáveis em Saigon em 1952, Argel em 1962 e Palermo em 1963.

No entanto, os atentados com carro-bomba permaneceram relativamente incomuns até os anos 1970 e 1980, quando passaram a ser a marca registrada de grupos como o IRA (Exército Republicano Irlandês) e o Hezbolá.  Em 1995, os terroristas de extrema-direita Timothy McVeigh e Terry Nichols usaram uma bomba escondida num caminhão Ryder para explodir o Edifício Federal Alfred P. Murrah na cidade de Oklahoma.

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Política e Economia

Elon Musk é processado por acionistas do Twitter

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Ação nos EUA acusa bilionário de fazer postagens em redes sociais com objetivo de manipular o mercado

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-05-27T18:56:00.000Z

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Acionistas do Twitter abriram um processo contra o empresário Elon Musk por manipulação de mercado, acusando o bilionário de agir para baixar o preço das ações da empresa de mídia social a fim de possivelmente negociar um desconto em sua oferta para comprar a companhia ou mesmo abandonar o negócio.

A ação, apresentada na quarta-feira (25/05), alega que o fundador das empresas Tesla e SpaceX fez uma série de declarações públicas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo de compra do Twitter, o que vem provocando alvoroço na rede social há semanas.

O processo pede a um tribunal federal de São Francisco que apoie a validade do acordo de compra, no valor de 44 bilhões de dólares, e compense os acionistas por quaisquer danos.

O imbróglio

No fim de abril, o conselho de administração do Twitter aprovou a oferta pública de compra da empresa feita por Musk, que assumiria a companhia integralmente e fecharia seu capital. O Twitter é uma empresa aberta, com ações negociadas em bolsa, desde 2013.

O empresário, que é o homem mais rico do mundo, disse que pretendia pagar aos acionistas 54,20 dólares por ação – o equivalente a cerca de 44 bilhões de dólares.

Mas em 13 de maio, Musk anunciou que suspendeu temporariamente o acordo de compra, citando detalhes pendentes sobre a proporção de contas falsas na rede social.

"O acordo sobre o Twitter está temporariamente suspenso à espera de detalhes pendentes que respaldem o cálculo de que as contas spam/fake representam de fato menos de 5% dos usuários", escreveu o bilionário no próprio Twitter.

Após o anúncio, as ações da plataforma caíram mais de 17%, para 37,10 dólares, o nível mais baixo desde que Musk anunciou que pretendia comprar a rede social.

Dado Ruvic/REUTERS
Com preço das ações mais baixo, Musk poderia negociar um desconto em sua oferta para comprar a empresa ou mesmo abandonar o negócio

De acordo com o processo apresentado nesta semana, o tuíte de Musk dizendo que o negócio estava "temporariamente suspenso" ignora o fato de que não há nada no contrato de compra que permita que isso aconteça.

Além disso, Musk negociou a compra do Twitter no final de abril sem realizar a devida diligência esperada em tais meganegócios, afirma a ação, acrescentando que o contrato precisava apenas ser aprovado pelos acionistas e reguladores do Twitter e deveria ser fechado em 24 de outubro.

"Musk já sabia das contas falsas"

Sobre os motivos alegados por Musk para a suspensão, os acionistas argumentam que o bilionário estava ciente de que algumas contas do Twitter eram controladas por robôs, e não por pessoas reais, e até tuitou sobre isso antes de fazer sua oferta para comprar a empresa.

"Musk passou a fazer declarações, enviar tuítes e se envolver em condutas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo e reduzir substancialmente as ações do Twitter", diz a denúncia.

Segundo a ação, o objetivo do empresário era ganhar vantagem para adquirir o Twitter a um preço muito mais baixo, ou desistir do acordo sem sofrer nenhuma penalidade.

"A manipulação de mercado de Musk funcionou – o Twitter perdeu 8 bilhões de dólares em avaliação desde que a compra foi anunciada", afirma o texto.

As ações do Twitter na quinta-feira fecharam ligeiramente em alta a 39,52 dólares, em um sinal de dúvida dos investidores de que a compra será consumada ao valor de 54,20 dólares por ação que Musk originalmente ofereceu.

"O desrespeito de Musk pelas leis de valores mobiliários demonstra como alguém pode ostentar a lei e o código tributário para construir sua riqueza às custas dos outros americanos", afirma a ação.

O Twitter disse em documentos regulatórios que está comprometido em concluir a aquisição sem demora no preço e nos termos acordados. Musk ainda não se pronunciou.

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