Vittorio De Sicca, cineasta italiano, cuja obra cinematográfica era caracterizada por um aspecto humanista e singelo, foi um dos mais importantes diretores e atores do cinema italiano. Considerado o precursor do neo-realismo italiano, morre em13 de novembro de 1974 em Paris aos 72 anos.
De Sica dirigiu 34 filmes pelos quais ganhou inúmeros prêmios internacionais. Foi premiado com quatro Oscars: dois prêmios especiais antes da criação da categoria Melhor Filme Estrangeiro por “Sciusciá” em 1947 e “Ladrões de Bicicleta” em 1949. Na nova categoria, obteve o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro por “Ontem, Hoje e Amanhã” em 1965 e “O Jardim dos Finzi-Contini” em 1972.
De Sica nasceu em 1902 em Sora, perto de Roma. Aos 16, atuou em “O Caso Clemenceau”. Sua carreira despontou nos anos 1920, quando se juntou a uma companhia teatral. Formou mais tarde sua própria companhia, produzindo peças co-estrelando com sua primeira mulher, Giuditta Rissone. Ao mesmo tempo, conquistou fama como galã em filmes italianos, tornando-se imensamente popular entre a plateia feminina.
Tornou-se diretor durante a Segunda Guerra. Seus primeiros quatro filmes seguiram a tradição do cinema italiano da época. Porém, a quinta película, “A Culpa dos Pais”, era uma obra profundamente humana e madura sobre o impacto da loucura adulta na mente inocente de uma criança. O filme marcou o começo da colaboração de De Sica com o roteirista Cesare Zavattini, um relacionamento criativo que daria ao mundo dois dos mais significativos filmes do movimento neo-realista italiano, “Sciusciá” e “Ladrões de Bicicleta”.
Sem dinheiro para produzir seus filmes, passou a valer-se de locações reais e atores não profissionais. Usando a luz natural e efeitos de documentário, explorou a relação entre personagens do mundo operário e das classes baixas num meio social e político indiferente e amiúde hostil. O resultado foi impactante, mostrando que roteiros dilacerantes não só desnudam a verdade acerca das duras condições impostas aos pobres na Itália como também representam um corte radical às convenções cinematográficas.
Ao receber o Oscar especial da Academia, “Sciusciá” recebeu também foi acompanhado da menção: “A alta qualidade desse filme, reflexo da vida vivida num país devastado pela guerra, prova ao mundo que o espírito criativo pode superar qualquer adversidade”. Dois anos mais tarde, voltou a conquistar um Oscar especial por Ladrões de Bicicleta, uma obra amplamente aceita como uma das melhores de todos os tempos.
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Além de se destacar como ator, impactou com filmes humanistas como ‘O Ladrão de Bicicletas’
1555 – Parlamento da Inglaterra restabelece o Catolicismo com religião oficial
1887 – Em Londres, polícia reprime protesto de trabalhadores e deixa dois mortos
1933 – Partido Nazista obtém maioria do Reichstag
1953 – Robin Hood é vítima da histeria anticomunista nos EUA
1970 – General Hafez al Assad derruba presidente sírio Nouredine Atassi
1974 – Morre o diretor Vittorio De Sicca, precursor do neo-realismo italiano