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Hoje na História

Hoje na História: 1776 - Pensador inglês Thomas Paine publica "Senso comum"

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Documento político levou o crescente sentimento revolucionário a focar-se na culpa da monarquia britânica pelo sofrimento das colônias

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-01-10T17:45:00.000Z

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Em 10 de janeiro de 1776, o pensador britânico Thomas Paine publica anonimamente Common Sense, o mais influente tratado da Revolução Americana. A obra vendeu mais de 100 mil exemplares na época. 

Paine participou das intensas transformações que marcaram a passagem do mundo moderno ao contemporâneo. Depois de tentar a vida em diferentes ocupações na Inglaterra, resolveu viajar para a América. Lá encontrou as Treze Colônias gozando de prosperidade, mas envoltas na agitação que levaria à independência.  

O documento político de Paine levou o crescente sentimento revolucionário a focar-se na culpa da monarquia britânica pelo sofrimento das colônias. 

Common Sense verbera duramente contra a coroa britânica e postula uma obrigação moral especial da América perante o mundo. Não satisfeito com a obra, participou da Guerra de Independência ao lado de George Washington e do marquês de La Fayette. 

Pouco após a publicação, o espírito da argumentação de Paine encontrou ressonância na Declaração de Independência norte-americana. Escrito no limiar da revolução, o panfleto tornou-se o motor da época. Despertou nos colonos o élan necessário para desencadear a primeira ação anticolonial bem-sucedida da história moderna. 

Paine era descrito como um propagandista revolucionário sem par. Impressionado com ele, Benjamin Franklin patrocinou sua emigração para a América em 1774. Na Filadélfia, Paine tornou-se jornalista e ensaísta, colaborando no The Pennsylvania Magazine com artigos sobre os mais variados assuntos. Passou a inspirar e encorajar os patriotas durante a Guerra Revolucionária com uma série de panfletos intitulados A Crise Americana.

No final de 1789, viajou para Paris, encontrando a cidade em efervescência frente à Revolução Francesa. Ele escreve então Os Direitos do Homem e colabora com a redação da Constituição da República Francesa.  

A radicalização do processo revolucionário acabou afastando-o do centro das decisões. Sua amizade com girondinos o forçou a retornar à América. Antes disso, lançou outro opúsculo, A Justiça Agrária. Nesse trabalho defendeu que, a exemplo dos direitos políticos, o direito à propriedade deveria ser estendido a todos. 

O processo de exclusão da posse de propriedades agrárias deveria ser compensado por um sistema tributário, que chamou de “direito natural”. Cada proprietário de terra deveria contribuir com certa quantia de dinheiro a ser igualitariamente repassada a todos os cidadãos. Aquele maior de 21 anos receberia do governo uma renda mensal de 15 libras como indenização por seu direito à terra.  

Seu pensamento foi capaz de agradar liberais e socialistas por sustentar um diálogo entre princípios que valorizassem simultaneamente a igualdade e a individualidade. Dessa forma, procurou buscar racionalmente uma maneira simplificada de proteger socialmente os indivíduos sem colocar as liberdades e interesses individuais como obstáculo para construção de uma sociedade mais justa.


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Coronavírus

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Acompanhe a cobertura sobre a pandemia de covid-19 no planeta

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-10T21:00:00.000Z

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.A Bélgica superou os 20.000 mil mortos pela covid-19 neste domingo (10/01) e a Alemanha 40.000. A contaminação se acelera na Europa e a chanceler Angela Merkel acredita que o pior ainda está por vir. 

Desde que Pequim anunciou há um ano, em 11 de janeiro de 2020, a primeira morte por covid-19 em Wuhan, o vírus matou quase 2 milhões pessoas ao redor do mundo, e mergulhou o planeta em uma crise econômica sem precedentes. Um ano depois, a rápida disseminação de novas variantes mais contagiosas tem provocado novas ondas epidêmicas e o risco de asfixia de hospitais, como no Reino Unido. O país mais atingido da Europa superou no sábado a marca de 80.000 mortes.

O sistema de saúde britânico está "enfrentando atualmente a situação mais perigosa de todos os tempos", advertiu Chris Whitty, diretor médico para a Inglaterra. "Se o vírus continuar nessa trajetória, os hospitais estarão em dificuldades reais, e muito em breve", disse.

A campanha de vacinação no país é uma esperança e para dar o exemplo, a rainha Elizabeth II, de 94 anos, e seu marido, o príncipe Philip, 99, receberam no sábado a primeira dose da vacina contra o coronavírus no Castelo de Windsor, no oeste de Londres, onde estão isolados em respeito ao lockdown no país.


Corrida da vacina: quais países já começaram a imunizar contra a covid-19?


UTIs alemãs saturadas

As próximas semanas serão "a fase mais difícil da pandemia", com equipes médicas trabalhando no máximo de suas capacidades, alertou Angela Merkel. Mais de 80% dos leitos de terapia intensiva do país estão ocupados.

As autoridades temem sobretudo o impacto total da intensificação dos contatos sociais durante as festas de fim de ano que ainda não é visível nas estatísticas.

A Bélgica, que superou os 20.000 mortos, é o primeiro país do mundo em mortalidade em comparação com sua população. A taxa belga é de 1.725 mortes por um milhão de habitantes. Metade das vítimas do país é de residentes de lares de idosos.

À espera do desdobramento das campanhas de vacinação, cuja lentidão é criticada, novas medidas restritivas são adotadas em todo o planeta, em particular no Quebec, Suécia e França. Os governos se esforçam para reduzir os contatos, apesar de riscos de agravamento da crise econômica

Toque de recolher antecipado na França

Na França, o governo antecipou o toque de recolher para às 18h em oito novos departamentos, independentemente dos protestos de comerciantes e políticos locais. A medida já era obrigatória em quinze departamentos desde o fim da semana passada e a partir deste domingo afeta cerca de um quarto do território francês. No resto do país, o toque de recolher começa às 20h00.

Quarenta casos de contaminação pela variante britânica já foram detectados na França. Um terceiro foco foi descoberto em Marselha, no sul do país, onde uma família que passou férias na Grã-Bretanha foi contaminada pela nova mutação do vírus.

Mônaco também decidiu antecipar o toque de recolher no principado para 19h. A medida entra em vigor nesta segunda-feira (11/01).

Medida sem precedentes no Quebec

A província francófona canadense tomou uma medida sem precedentes no país desde a epidemia de gripe espanhola há um século. Em todo o Quebec, um toque de recolher noturno entrou em vigor na noite de sábado (9) para conter a segunda onda de coronavírus.  

A aceleração da epidemia obrigou a Suécia a romper com sua política até então menos rígida. A partir deste domingo, o governo poderá endurecer as medidas, incluindo o fechamento de lojas e restaurantes em áreas específicas.

Na Dinamarca, os casos ligados à nova cepa britânica do vírus estão aumentando, mas as restrições provocam cansaço e revoltas. Os protestos terminaram em confrontos no sábado e nove pessoas foram presas. "Liberdade para a Dinamarca, já chega", gritavam os manifestantes.

Campanhas de vacinação

As restrições têm como objetivo frear a disseminação da pandemia antes da implementação de campanhas de vacinação em massa que poderiam erradicar a doença.

A Índia pretende imunizar 300 milhões de pessoas ao lançar em uma semana uma das maiores campanhas de vacinação contra a covid-19 do mundo. O gigante asiático tem mais de dez milhões de casos detectados.

Cuba, por sua vez, anunciou que deseja testar no Irã a eficácia da Soberana 02, sua vacina candidata mais avançada.

Para ajudar os "países vulneráveis" a também ter acesso às vacinas, o Reino Unido anunciou neste domingo que arrecadou junto a seus aliados US$ 1 bilhão (€ 820 milhões). "Só estaremos protegidos desse vírus quando estivermos todos seguros. É por isso que estamos nos concentrando em uma solução global para um problema global", disse o ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab.

(* Com RFI)

Mapa do coronavírus no mundo

Como usar o mapa: Use as abas para mudar de categoria. Em "Totals", você vê os dados consolidados; em "World", os números por país; em "Plots", você vê a evolução dos números em gráficos; em Map, o mapa geral de casos; em US, o número de casos por Estado nos EUA. Caso as abas não apareçam, use a setinha para mudar.

O mapa mundial foi desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins e está disponível somente em inglês.


Veja como está a confirmação dos casos em países selecionados da América Latina (defasagem de 24 horas):

Aqui você vê animações gráficas que mostram a evolução do número de casos e de mortos ao longo do tempo. Essas animações estão sempre um dia defasadas, pois dependem da compilação de dados feita pelo Centro Europeu de Prevenção de Doenças e Controle.

Para ver a animação ao longo do tempo, clique duas vezes no botão de play que se encontra no canto inferior esquerdo.

Gráfico de casos de coronavírus no mundo

Gráfico de mortes de coronavírus no mundo

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(*) A primeira versão deste texto foi publicada em 17 de março de 2020, e está sendo atualizado constantemente nesta URL.

Saúde

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